Sandra Bullock: "farei comédia até o dia em que eu morrer: comédia inapropriada, comédia engraçada, comédia que mexe com os gêneros, comédia retorcida, qualquer comédia que houver" (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2013 às 21h24.
Veneza - Sandra Bullock telefonou para astronautas na Estação Espacial Internacional para pegar dicas para o seu papel em "Gravidade", drama espacial que estreou nesta semana no Festival de Veneza, mas a "Miss Simpatia" dos EUA garante que jamais irá abrir mão de papéis cômicos.
"Farei comédia até o dia em que eu morrer: comédia inapropriada, comédia engraçada, comédia que mexe com os gêneros, comédia retorcida, qualquer comédia que houver", disse Bullock à TV Reuters na quinta-feira.
"Até um programa de TV ruim - se for aí que eu tiver de ir no final das contas, irei se houver comédia", disse ela um dia depois da exibição em Veneza de "Gravidade", filme no qual ela e George Clooney vivem dois astronautas à deriva no espaço depois de terem sua nave atingida por um míssil russo.
Há relatos de que Bullock e Clooney não eram as primeiras escolhas do cineasta mexicano Alfoson Cuarón para esses papéis. Mas a atriz diz que se vingou.
Numa entrevista coletiva de quarta-feira, ela contou que sua preparação para o papel incluiu fazer uma chamada à Estação Espacial Internacional, deixando um recado para os astronautas. Com uma ponta de espanto na voz, ela contou que foi respondida.
"Eu ficava fazendo perguntas idiotas - ‘Onde vocês vão ao banheiro' -, e no final obtive um ponto de vista dessas pessoas que idolatramos, esses astronautas", disse ela.
"E o ponto de vista é que eles se importam com a vida, com a nossa vida e muito com o que eles têm feito com ela - por isso eles estão lá em cima. Mas fiquei realmente honrada por eles terem retornado a minha chamada, e a gente sabe que eles são pessoas normais que fazem coisas extraordinárias." Ela disse que a filmagem de "Gravidade", precisando passar muito tempo numa caixa iluminada por lâmpadas LED, por causa dos efeitos especiais, foi física e mentalmente desafiadora.
"Não foi um passeio no parque para nenhum dos envolvidos, especialmente Alfonso", disse Bullock.
"Falo da imensa pressão sob a qual ele estava, os técnicos estavam, ninguém sabia se isso funcionaria até o dia em que entrei no primeiro aparelho. Nem eles sabiam se isso iria funcionar tecnicamente ou se o ator no aparelho conseguiria, era uma grande incógnita a cada dia, porque estávamos todos no mesmo barco."