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Famoso restaurante flutuante deixa Hong Kong após 50 anos

Os operadores do restaurante citaram a pandemia de covid-19 como motivo do seu fechamento permanente em março de 2020, após quase uma década de dificuldades financeiras

O famoso restaurante flutuante Jumbo deixa o porto de Abderdeen em Hong Kong, China. (AFP/AFP)

O famoso restaurante flutuante Jumbo deixa o porto de Abderdeen em Hong Kong, China. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 14 de junho de 2022 às 12h25.

O famoso restaurante flutuante Jumbo de Hong Kong, que aparece em vários filmes de Hollywood, deixou a cidade nesta terça-feira após várias tentativas de reviver o local icônico. 

O gigante flutuante de 76 metros, com capacidade para 2.300 convidados, deixou pouco antes do meio-dia o abrigo contra tufões localizado no sul da ilha de Hong Kong, no porto de Aberdeen, onde estava atracado há quase meio século.

Projetado como um palácio imperial chinês e uma vez considerado visita obrigatória, o restaurante atraiu visitantes ilustres como a rainha Elizabeth II e Tom Cruise.

O restaurante apareceu em vários filmes, incluindo no thriller científico "Contágio", de Steven Soderbergh, sobre um vírus que mata 26 milhões de pessoas em todo o mundo.

Os operadores do restaurante citaram a pandemia de covid-19 como motivo do seu fechamento permanente em março de 2020, após quase uma década de dificuldades financeiras.

A empresa de investimentos Melco International Development, com sede em Hong Kong, proprietária do restaurante, anunciou em maio que o Jumbo deixaria o centro financeiro antes que sua licença expirasse em e que havia encontrado um novo operador no exterior. O novo destino não foi informado.

Segundo a empresa, o estabelecimento não era mais lucrativo desde 2013 e os prejuízos acumulados ultrapassavam HK$ 100 milhões (US$ 12,7 milhões).

Inaugurado em 1976 por Stanley Ho, rei dos casinos de Macau que morreu em 2020, o Jumbo era um símbolo do luxo. De acordo com o South China Morning Post, contava com um "trono de dragão" no estilo da dinastia Ming e um mural luxuoso.

"Foi um símbolo de Hong Kong por muitos anos", disse Wong, um homem de 60 anos, à AFP.

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