Índios na região do Rio Xingu: segundo antropóloga, indígenas estão sendo mais ouvidos (Noel Villas Bôas/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2011 às 16h01.
São Paulo – Com vídeos e instalações interativas, uma exposição no Sesc Pompeia, zona oeste paulistana, busca recriar a atmosfera e as experiências passadas pelos irmãos Villas Bôas durante o processo de implantação do Parque Indígena do Xingu. A reserva que faz 50 anos em 2011 é tema de um filme que está em processo de finalização. A mostra conta com objetos de cena usados na produção do longa-metragem.
Com quatro módulos, a exposição retrata as diferentes formas de atuação dos irmãos Orlando, Cláudio, Leonardo e Álvaro Villas Boas para a construção de uma política indigenista. Além disso, uma parte do projeto apresenta o modo de vida das 16 etnias que ocupam o parque. A exposição conta com visitas guiadas.
Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), os Villas Boas começaram a estabelecer contato amistoso com os povos que vivem nas cabeceiras do Rio Xingu na década de 40. Após esse trabalho que inciou a criação de laços de confiança com falantes de quatro famílias linguísticas diferentes, os irmãos decidiram permanecer no Xingu. O objetivo era desenvolver um programa de proteção aos índios, com a garantia de um território onde pudessem manter seus modos tradicionais de organização social e econômica.
Em grande parte, devido a ação dos Villas Bôas, em 19 de abril de 1961 foi assinado o decreto de criação do Parque Nacional do Xingu. A reserva foi dirigida pelos irmãos durante vários anos.