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Exemplares do Diário de Anne Frank são destruídos em Tóquio

Vários exemplares do Diário de Anne Frank foram destruídos em bibliotecas públicas de Tóquio, onde foram encontrados com páginas arrancadas

Exemplares de "O Diário de Anne Frank" em livraria: páginas foram arrancadas de pelo menos 250 exemplares (Andrew Burton/AFP/AFP)

Exemplares de "O Diário de Anne Frank" em livraria: páginas foram arrancadas de pelo menos 250 exemplares (Andrew Burton/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 08h56.

Tóquio - Vários exemplares do "Diário de Anne Frank" foram destruídos em bibliotecas públicas de Tóquio, onde foram encontrados com páginas arrancadas.

A polícia da capital japonesa abriu uma investigação depois de receber várias denúncias.

De acordo com o conselho de bibliotecas públicas de Tóquio, páginas foram arrancadas de pelo menos 250 exemplares do diário ou de publicações que continham a biografia de Anne Frank ou informações sobre as perseguições aos judeus.

Em outras regiões próximas, informa a imprensa, foram atacados mais de 10 livros sobre a mesma questão.

"Temos queixas de cinco (dos 23) distritos de Tóquio, mas ainda não sei exatamente quantas bibliotecas foram afetadas", disse à AFP Satomi Murata, chefe do conselho de bibliotecas públicas da capital.

"Não sabemos o motivo, nem quem fez isto", completou.

"Cada exemplar danificado tem entre 10 e 20 páginas arrancadas. Estão inutilizáveis", afirmou Kaori Shiba, diretor de arquivos da biblioteca municipal central do distrito de Shinjuku.

Toshihiro Obayashi, vice-diretor da biblioteca central de Suginami, relatou que 119 exemplares foram danificados em 11 das 13 livrarias da região. Ele disse que nunca havia acontecido algo parecido.

Na internet, o Centro Simon Wiesenthal manifestou surpresa e inquietação.

"Pedimos às autoridades japonesas que identifiquem os autores desta campanha de ódio e que resolvam a questão", declarou Abraham Cooper, diretor do Centro, que tem sede nos Estados Unidos.

A partir de 1942, a família de Anne Frank viveu escondida por dois anos em Amsterdã, ocupada pelos nazistas, até que foi encontrada. Anne, de 13 anos, foi deportada para o campo de Bergen Belsen, onde morreu.

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