Michael Boogerd: "Eu usei EPO, cortisona e, nos últimos anos, também recorri a transfusões de sangue", confessou o ex-ciclista (Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2013 às 10h57.
Amsterdã - O escândalo de doping no ciclismo de alto rendimento ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira, quando o ex-ciclista holandês Michael Boogerd admitiu que fez uso de EPO durante uma década inteira, entre 1997 e 2007.
No período, chegou a bater Lance Armstrong em uma etapa da Volta da França e ganhou a tradicional Amstel Gold Race, principal prova de ciclismo de pista do seu país.
"Eu usei EPO, cortisona e, nos últimos anos, também recorri a transfusões de sangue", confessou o ex-ciclista, em entrevista à rede de televisão holandesa NOS (onde atualmente é comentarista) e ao jornal De Telegraaf.
"Me arrependo de ter feito parte de dessa cultura do ciclismo, me arrependo de não ter revelado antes", disse ele.
Boogerd deu detalhes dos seus procedimentos. Disse que ia a um laboratório na Áustria, o Humanplasma, para fazer as transfusões. "Eu estocava meu próprio sangue para usar mais tarde", explicou. O ex-ciclista, de 40 anos, porém, disse que não daria nomes de que o ajudou a se dopar.
Boogerd, que foi eleito cinco vezes como melhor ciclista do ano na Holanda, afirmou que decidiu começar a se dopar em 1997 para se manter na elite do esporte.
Ele correu durante a maior parte da carreira pela equipe Rabobank e diversos de seus ex-companheiros de time já havia confessado doping.