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Robert Downey Jr. estrela drama familiar em "O Juiz"

Ator faz o papel de Hank Palmer, um afiado advogado que enriqueceu defendendo milionários acusados de sonegação fiscal

Robert Downey Jr. cruza os dedos em lançamento de "O Juiz" em Beverly Hills, em 1 de outubro. REUTERS/ (Mario Anzuoni/Reuters)

Robert Downey Jr. cruza os dedos em lançamento de "O Juiz" em Beverly Hills, em 1 de outubro. REUTERS/ (Mario Anzuoni/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 16h29.

São Paulo - Depois de renascer nas franquias Homem de Ferro e Sherlock Holmes, o ator Robert Downey Jr. parece ter sido forjado para realizar um papel: o de homem rico, espertalhão e um tanto excêntrico.

Em O Juiz, drama familiar sobre perdas e aceitação, o molde não é muito diferente.

Aqui, ele faz o papel de Hank Palmer, um afiado advogado que enriqueceu defendendo milionários acusados (e claramente culpados) de sonegação fiscal.

Um verdadeiro escroque, que faz de promotores públicos motivo de chacota, enquanto se vangloria de sua perspicácia, bens e da esposa modelo.

No entanto, quando sua mãe morre, ele precisa voltar à sua cidade natal, no interior de Indiana, para o velório e confrontar a família que, aparentemente, abandonou.

Nas relações com os irmãos, mas principalmente com o pai (Robert Duvall), um rígido juiz local, há uma clara atitude passivo-agressiva, que alerta o espectador sobre fatos traumáticos no passado desses personagens.

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No decorrer da viagem, enquanto Hank já se prepara para ir embora, o juiz é acusado de homicídio, por ter atropelado, sem prestar socorro, um homem na estrada – que acaba morrendo. 

O processo se torna certo quando se descobre a identidade do morto, que fora condenado, anos atrás, pelo próprio juiz, em um conturbado caso, e que acabara de sair do presídio.

A escolha de Hank de representar o pai não apenas o envolverá no processo criminal, mas será um catalisador dos dramas familiares não resolvidos.

Na resolução desses conflitos, ainda haverá tempo de rediscutir os próprios rumos de sua vida a partir do reencontro com uma antiga namorada de juventude, Samantha (Vera Farmiga).

Dirigido por David Dobkin, responsável pela história e conhecido por comédias irregulares como Penetras Bons de Bico (2005) e Eu Queria Ter a Sua Vida (2011), a produção foi feita para chorar.

Dobkin usa, aqui, todos os artifícios que pode para fazer o espectador se comover, seja nas poucas sutilezas da trama (doença terminal, culpas cortantes, arrependimentos, lições de vida etc), seja na técnica, pela tocante trilha sonora e acertado jogo de câmera.

Mas os melhores recursos do diretor são mesmos os seus atores, em especial o veterano Robert Duvall, dando sustentação às relações que se veem na tela.

Este elenco faz de O Juiz senão uma obra madura, pelo menos sensível e, possivelmente, dilacerante para aqueles que se identificarem com a mensagem final edificante.

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