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Especialista dá dicas para cuidar da audição durante comemorações

Exposição a altos níveis de ruídos e sons pode prejudicar audição

Queima de fogos (Fernando Maia/SECOM/Divulgação)

Queima de fogos (Fernando Maia/SECOM/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de dezembro de 2020 às 06h00.

A virada deste ano será diferente para muitas pessoas em razão da pandemia do novo coronavírus. Segundo orientações sanitárias de órgãos de saúde, as famílias devem evitar o risco de grandes aglomerações. As festas, mesmo reduzidas e em casa, podem trazer riscos que vão além da covid-19, como danos à audição com aparelhos de som em alto volume ou pelo uso de artefatos que emitem ruído intenso, como foguetes comemorativos.

A pandemia mexeu com a saúde mental dos brasileiros, mas é possível dar a volta por cima. Descubra como

O excesso de barulho causado por fogos de artifício e por equipamentos com volume exagerado pode gerar males diversos, como dor de cabeça, estresse, alterações no sono e hipertensão.

Mais do que isso, o barulho indevido pode gerar traumas sonoros com possibilidade de resultar na perda de capacidade auditiva. Isso pode ocorrer porque as células nervosas do ouvido, quando expostas a barulho prolongado, podem morrer.

O otorrinolaringologista Stenio Dias falou à Agência Brasil sobre o tema. Ele alerta para os danos que este tipo de exposição pode causar à audição.

“[Esse tipo de exposição] pode gerar uma surdez oriunda do trauma acústico. Quando o trauma é muito intenso, [a surdez] pode ser irreversível. A intensidade da lesão é dependente do tempo de diagnóstico e tratamento. Se tratado precocemente o índice de resolução é alto, cerca de 90%. Se demorar, [a falta de tratamento] pode gerar uma lesão no nervo”, explicou.

Por isso, o primeiro cuidado deve ser o de prevenir a situação. Quem está em festas com som alto ou em local onde haverá foguetes deve evitar ficar perto da fonte emissora de ruídos. O médico recomenda que as pessoas não fiquem em ambientes com volumes acima de 80 decibéis por mais de 30 minutos. Uma alternativa é fazer intervalos e buscar locais com menos ruído.

Já quem trabalha em atividades com alto índice de exposição a sons intensos deve respeitar as restrições de distanciamento, e também adotar providências para proteger os ouvidos, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Caso a pessoa sinta algum desconforto, o médico destaca a importância de procurar um profissional o mais rapidamente possível para avaliar a situação e, em caso de um diagnóstico positivo, iniciar tratamento.

“Quem apresentar zumbidos, incômodos ou até dor, deve procurar um médico otorrino, pois é reversível se tratado precocemente”, pontua o médico.

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