Jean-Christophe Babin: luxo como valor real em um mundo efêmero (Divulgação/Divulgação)
GabrielJusto
Publicado em 2 de novembro de 2021 às 08h19.
Com quase 140 anos de história, a Bvlgari se destaca de outras manufaturas por fazer peças icônicas que mesclam o melhor da joalheria e da relojoaria. CEO da marca, Jean-Christophe Babin falou à Casual EXAME sobre a importância desse segmento para a companhia e os desafios de manter a consistência da marca em um mundo em constante mutação.
A relojoaria começou como um complemento natural do nosso portfólio, do qual a joalheria é, logicamente, a joia da coroa. A serpente, os mosaicos das Termas de Caracalla que inspiram a coleção Diva… Ambos são códigos que vêm da joalheria e então se desdobram em bolsas e relógios, dando consistência às diferentes categorias da marca e honrando as nossas raízes romanas.
Reputação de marca, beleza e criatividade continuam sendo os principais fatores que guiam as decisões de compra no mercado de luxo. Entretanto, os bastidores disso tudo são cada vez mais objeto de curiosidade e escrutínio do público, que hoje não espera somente que façamos um trabalho de altíssima qualidade, mas que façamos isso com responsabilidade. Você precisa ser respeitado também pela sua generosidade, ética e transparência.
Precisamos nos manter verdadeiros ao que somos, porque foi essa consistência e esse cuidado que nos trouxeram até aqui. Ao longo dos anos, expandimos nosso portfólio de produtos com perfumes e relógios, nos adaptando às novas demandas que surgiram. Mas não fizemos isso para nos relacionarmos com diferentes gerações. A chave para isso está no alto padrão de qualidade do que fazemos e no posicionamento da marca com base em nossos valores sérios.
Não exatamente. No passado, se você tinha um item de luxo, certamente era uma pessoa de sucesso. Há uma nova dimensão hoje que é muito importante: o prazer e a felicidade pessoal. A fascinação pelo luxo vem muito da qualidade dos materiais, da habilidade do artesão, do cuidado na fabricação de cada item. Quanto mais o mundo se torna virtual e comercial, mais o luxo se torna desejável, porque nós representamos o ápice da qualidade em um mundo que é real.
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