Prato com peixe acompanhado a uma taça de vinho (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 04h56.
Última atualização em 18 de outubro de 2016 às 08h57.
São Paulo – Cientistas fizeram uma descoberta que vai deixar os simpatizantes da dieta mediterrânea animados: alimentos presentes nesse regime são capazes de proteger o ser humano dos efeitos nocivos do álcool. Ironicamente, a dieta mediterrânea é regada a muito vinho – recomenda-se que a bebida acompanhe todas as refeições.
Além da ressaca, o consumo de álcool pode elevar o risco de câncer de mama devido ao aumento nos níveis de estrogênio. Porém, o azeite de oliva extra virgem, presente no regime alimentar dos povos do Mediterrâneo, contém vários antiestrogênicos que bloqueiam as ações cancerígenas desse composto. Ademais, o ácido fólico, outra substância encontrada em legumes da dieta, também fornece uma ação protetora contra os efeitos do álcool.
Desse modo, a dieta mediterrânea consegue unir o útil ao agradável: você pode beber bebidas alcoólicas (com moderação) e ainda se prevenir contra algumas doenças. E ainda tem mais: esse regime alimentar tem outros benefícios para quem quer emagrecer de maneira saudável.
Considerada a mais saudável do mundo, a dieta mediterrânea tem angariado adeptos em diversos países desde meados dos anos 50. Foi nessa época que o cientista americano Ancel Keys notou que os povos mediterrâneos consumiam a mesma quantidade de calorias que os ocidentais.
“Entretanto, os orientais apresentavam incidências muito menores de doenças cardíacas quando comparados aos americanos”, conta a nutricionista Thália de Paula, em entrevista a EXAME.com.
Isso acontece pois o azeite de oliva e a castanha, substâncias indispensáveis na dieta mediterrânea, aumentam o colesterol do tipo HDL – que retira moléculas de gordura do sangue, explica a nutricionista
Assim, em um primeiro momento, o cardápio desse regime pode parecer que tem um consumo calórico de gorduras maior do que que o considerado normal em dietas de emagrecimento em países do Ocidente. Porém, essa gordura é de qualidade e pode ser encontrada em vários alimentos da dieta mediterrânea, como os peixes e as proteínas vegetais (lentilha, grão de bico, feijão e soja).
Outra vantagem da dieta mediterrânea é que produtos industrializados ou com aditivos químicos são eliminados do cardápio, dando lugar à alimentos frescos. Devido a essa mudança, o organismo consegue encontrar o equilíbrio necessário para o emagrecimento – é possível perder entre dois e cinco quilos em um mês – e a prevenção de doenças.