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Em novo romance, agente 007 terá 45 anos e viverá em Chelsea

O escritor e roteirista britânico William Boyd adiantou também que o último romance de James Bond se passará em 1969


	Daniel Craig interpreta James Bond: para narrar o romance, Boyd admitiu que tentou evitar a imagem dos atores que deram vida ao detetive britânico na grande tela
 (Divulgação)

Daniel Craig interpreta James Bond: para narrar o romance, Boyd admitiu que tentou evitar a imagem dos atores que deram vida ao detetive britânico na grande tela (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 13h45.

Londres - O escritor e roteirista britânico William Boyd revelou nesta quinta-feira que em seu próximo romance sobre o agente James Bond, que será publicado em setembro, o famoso espião terá 45 anos e viverá no bairro londrino de Chelsea.

Em uma entrevista à "BBC", o escritor manteve o silêncio que cerca os detalhes do último episódio de 007, cuja história, disse, se passará em 1969 e na qual o carismático agente do serviço de inteligência britânico "tem 45 anos".

"Bond vive a 400 metros de Chelsea, portanto posso dizer que este livro terá um pouquinho de Chelsea", disse o também crítico literário, de 60 anos e autor de 12 romances, entre eles "Um Homem Bom na África" (1981) e "As Aventuras de um Coração Humano" (2002).

Para narrar o último romance do sedutor 007, um personagem criado por Ian Fleming nos anos 1950, Boyd admitiu que tentou evitar a imagem dos atores que deram vida ao detetive britânico na grande tela.

"É curioso porque trabalhei com três dos atores que interpretaram Bond - Sean Connery, Pierce Brosnan e Daniel Craig - que estiveram em filmes cujos roteiros eu escrevi, e é difícil mantê-los fora da equação", refletiu.

O autor lembrou que "nos primeiros romances, Fleming descreve Bond em duas ou três ocasiões e diz que se parece com o cantor americano Hoagy Carmichael", o compositor de jazz americano.


Após a morte de Fleming, em 1964, além de Boyd, outros cinco autores assumiram o desafio de continuar escrevendo a saga de Bond, cuja adaptação ao cinema é uma das franquias de ação com maior bilheteria da história.

O último a enfrentar o personagem de Fleming foi o autor de suspense americano Jeffery Deaver, que em 2011 desenvolveu o lado mais humano do célebre agente secreto em "Carta Branca".

O lançamento da nova aventura de 007 coincidirá este ano com o 60º aniversário do primeiro romance de Fleming em que Bond aparece, "Cassino Royale".

James Bond foi interpretado no cinema por diversos atores, sendo o último deles o britânico Daniel Craig, que protagonizou três filmes da saga: "007 - Cassino Royale", em 2006, "007 - Quantum of Solace", em 2008) e o mais recente, "007 - Operação Skyfall", em que Javier Bardem interpreta o vilão Silva.

Outros atores consagrados, como o escocês Sean Connery, o inglês Roger Moore e o irlandês Pierce Brosnan estiveram na pele de Bond, quiçá o espião mais famoso da ficção, que estreou no cinema há 50 anos com "007 Contra o Satânico Dr. No" (1962).

Nascido em Gana, William Boyd, que passou sua infância na África e está há mais de 20 anos vivendo em Londres, é membro da geração de escritores britânicos do "boom" literário do anos 1980 junto com Martin Amis, Julian Barnes, Salman Rushdie e Ian McEwan.

Além de ser autor do último livro de Bond, Boyd acaba de escrever sua primeira peça de teatro, "Longing", baseada em duas histórias curtas de Tchekhov, que estreia hoje no Teatro Hamstead de Londres. 

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