Subir na balança é fácil na teoria, mas, na prática, só pensar nisso pode tirar o sono de muitas de nós. "Existe peso ideal? Qual o meu peso ideal? Ter sobrepeso é bom ou ruim?" São muitas as perguntas que rondam a cabeça de quem tem medo da balança.
Nos últimos anos há um intenso debate no meio científico para tentar responder essas e outras perguntas sobre o assunto.
A discussão esquentou quando um estudo publicado na conceituada revista médica JAMA - Revista da Associação Médica Americana - sugeriu que uma pessoa com sobrepeso poderia viver mais do que pessoas com obesidade graus 2 e 3 e também que pessoas com peso normal. Isso porque, segundo o estudo, o sobrepeso apresentaria riscos menores à saúde.
O resultado foram manchetes no mundo inteiro questionando se realmente haveria benefícios em se manter o peso normal, algumas até sugerindo que a população deveria tender para o ganho de peso como forma de proteção à possíveis doenças. Mas calma lá: isso não é verdade.
É fato confirmado que o ganho de peso gera consequências negativas à saúde, como diabetes, pressão alta, aumento dos níveis de colesterol e risco de infarto e derrame. É importante saber que este estudo utilizou apenas o IMC (índice de massa corporal), um cálculo simples, para obter os resultados.
Não foi utilizado o percentual de gordura corporal, a quantidade de gordura dentro do abdome (a visceral) que é mais danosa à saúde, nem os níveis de colesterol e açúcar para fazer a previsão do risco de saúde destas pessoas.
Para saber o seu índice de massa corporal, basta dividir seu peso em quilos pelo quadrado da sua altura, em metros (por exemplo, se você pesa 60 quilos e mede 1,65m, você multiplica 1,65 x 1,65 = 2.72 e divide seu peso por esse número: 60 ÷ 2,72 = 22.05). O resultado é um número que irá ajudar a dizer se você está dentro ou fora do seu peso.
Porém o IMC não deve ser o único parâmetro avaliado para quem está fora do peso. Esse índice não diferencia gordura de músculos. A maior quantidade de tecido gorduroso define uma elevação de alguns riscos importantes para a saúde, como colesterol, diabetes e problemas cardíacos.
É fundamental avaliar caso a caso, e o cálculo do IMC sozinho não basta. Além disso, alguns problemas, como o mau funcionamento da tireoide, podem facilitar o ganho de peso. Tudo deve ser investigado, a partir inclusive dos exames clínicos recomendados para cada faixa etária.
O peso ideal é aquele peso em que a pessoa não apresenta limitações para sua qualidade de vida. Deve ser definido analisando diversos aspectos: o peso na balança, a composição corporal com quantidade de gordura e massa muscular, os exames de sangue, a capacidade de mobilidade articular (se há restrições de movimentação com o peso), se o peso altera a qualidade de sono ou gera doenças como diabetes e pressão alta.
Ah, e também é preciso considerar um outro fator importante: sua felicidade com seu peso, por que não?
E para terminar, que tal um "novo" IMC?
I de Individualizar para cada pessoa
M de Medida
C de composição corporal
Individualizar a Medida de Composição corporal
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1. Saborosos, mas...
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1/12 (Thinkstock)
São Paulo – Rapidez, praticidade e sabor, muito sabor. Esses são apenas alguns dos atributos de
alimentos que estão na boca do povo, mas deveriam estar bem longe da mesa, por seu potencial altamente prejudicial à
saúde. As comidas ricas em
gorduras, sódio e açúcar dão um empurrãozinho em problemas como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas e renais, principalmente se forem consumidas com frequência. Em um mundo ideal, essas delícias deveriam ser cortadas de vez da rotina, mas, como ninguém é de ferro, o segredo para uma vida saudável sem sofrimento está na moderação. A nutricionista Cintia Azeredo, do Vita Check-UP Center, indica quais são esses alimentos nocivos. Confira nas imagens.
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2. Refrigerantes
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2/12 (Getty Images)
Eles podem ter quase a mesma quantidade de calorias que um copo de suco natural (ou até menos), mas o problema dos refrigerantes é o fato de não apresentarem nutrientes úteis para o corpo, o que os nutricionistas chamam de “calorias vazias”. Se a bebida for normal, a quantia de açúcar é considerável (21 gramas para cada 200 ml). No caso das bebidas “zero”, o problema está na maior quantidade de sódio da fórmula, que quase triplica, em relação à versão regular.
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3. Macarrão instantâneo
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3/12 (Alexey Aleshkin / Dreamstime)
Se comparado às massas tradicionais, o macarrão instantâneo pode até ser mais rápido de ser feito, mas a saúde tende a ficar de lado. Um pacote da versão de preparo mais rápido é rico em gordura e sódio, chegando a ultrapassar a quantidade recomendada por dia, deste último ingrediente.
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4. Biscoitos recheados
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4/12 (BOA FORMA)
Apesar de deliciosos, os biscoitos recheados representam a combinação nada recomendada de gordura e açúcar. Essa guloseima é tão perigosa que já foi alvo de pesquisa científica, que descobriu que seu
potencial viciante é similar ao da cocaína. Por isso, os biscoitos sem recheio são os mais indicados, segundo a nutricionista.
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5. Salgadinhos de milho
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5/12 (Creative Commons)
Além de serem bastante calóricos e concentrarem quantidade considerável de gordura em uma porção de apenas 25 gramas, os salgadinhos industrializados feitos de milho possuem muito sódio. Se consumidas em excesso, essas guloseimas podem contribuir para problemas renais e hipertensão, entre outros problemas.
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6. Alimentos embutidos
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6/12 (Reiner Kraft/Wikimedia Commons)
Um tira-gosto tentador, porém nada saudável. Os alimentos embutidos, como salsichas e linguiças, são ruins para a saúde por incluírem em sua composição muita gordura, sódio e produtos químicos.
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7. Sorvetes
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7/12 (Divulgação)
Assim como os biscoitos recheados, os sorvetes são uma bomba de gordura e açúcar, além de não trazerem nutrientes úteis para o organismo. Para se refrescar, o melhor é consumir picolés de fruta, que são menos calóricos e podem apresentar vitaminas em sua composição.
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8. Bacon
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8/12 (Sheila Oliveira / Boa Forma)
Os “bacon maníacos” que nos perdoem, mas essa carne processada é altamente prejudicial à saúde (apesar de deliciosa). A quantidade de gordura saturada deste item colabora para o aumento do colesterol ruim no corpo e para a inflamação das artérias, podendo causar doenças cardiovasculares, em quem consome bacon de maneira excessiva.
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9. Batata frita
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9/12 (McCain/Divulgação)
Aperitivo amado por muitos, a batata frita agrega um alto teor de gordura quando é submetida à alta temperatura do óleo. Na versão industrializada,
o prejuízo à saúde é ainda maior, devido aos conservantes e ao sódio em excesso. Se não quiser abrir mão dela, uma forma mais saudável de preparar é usar o vegetal natural, cozinhá-lo e assar no forno.
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10. Comida congelada
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10/12 (ThinkStock/Thinkstock)
Outra opção para os dias mais corridos, a comida congelada também faz parte da lista negra apontada pela especialista. Isso porque, segundo ela, muitos congelados costumam apresentar um índice alto de sódio, calorias, conservantes e produtos químicos. Se precisar comer algo cujo preparo seja mais rápido, talvez o melhor seja deixar comida caseira pronta no freezer, para os momentos de necessidade.
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11. Temperos industrializados
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11/12 (Marcelo Zocchio / Vida Simples)
Apesar de serem mais práticos, os temperos industrializados devem ser substituídos pelos preparados em casa, como ervas, alho, cebola e especiarias, que não possuem conservantes, aditivos químicos nem sódio em excesso, como os vendidos prontos. Segundo a nutricionista, há alguns temperos que chegam a ter, em uma porção, quase a mesma quantidade de sódio que é recomendada para a dieta de um dia.
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12. Veja, agora:
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12/12 (Thinkstock)