Willian José, do São Paulo, e Norberto Paparatto, do Tigre, disputam a bola na final da Copa Sul-Americana no Morumbi ( REUTERS / Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 07h07.
São Paulo - Jogadores e integrantes da comissão técnica do Tigre afirmaram terem sido ameaçados por armas de fogo no vestiário do Morumbi, durante o intervalo da decisão da Copa Sul-Americana, contra o São Paulo, na noite desta quarta-feira. O time argentino alegou falta de segurança para voltar a campo e retomar a partida no segundo tempo, o que acabou deixando o título com o time brasileiro.
"Os seguranças entraram no vestiário e sacaram um revólver. Depois veio a polícia", afirmou o lateral Lucas Orban, em entrevista à Fox Sports. A informação foi reiterada pelo goleiro Damián Albil. "Foi incompreensível".
Integrante da comissão técnica do Tigre, Jorge Borrelli também apontou a presença de armas no vestiário. "Tenho 20 anos de futebol e nunca vi algo assim. Foi uma loucura. Nunca vi uma confusão como essa. Nunca imaginei que a partida fosse terminar desse jeito", declarou.
Atletas e membros da comissão ainda apontaram marcas de sangue nas paredes do vestiário. O goleiro Albil mostrou um hematoma no peito, resultado de um suposto ataque dos seguranças do clube paulista. Os jogadores devem prestar queixa à polícia na 34ª DP, a mais próxima do Estádio do Morumbi.
Sérgio Massa, integrante da diretoria do clube, criticou a falta de segurança. "Hoje fomos protagonistas casuais de uma das páginas mais vergonhosas do futebol brasileiro", afirmou. "Para eles era apenas mais um campeonato. Para nós, seria um dia histórico. Não viemos para uma guerra, viemos para jogar futebol."
As alegações dos argentinos foram desmentidas pelos policiais militares presentes no Morumbi. A polícia negou a presença de armas de fogo no vestiário e explicou que só entrou no vestiário para conter uma briga generalizada entre jogadores do Tigre e seguranças do São Paulo. "Tinha gente machucada dos dois lados, do time do Tigres e dos seguranças", disse um dos policiais.