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Eficácia do óleo de coco é contestada por médicos

Em comunicado, a Associação Brasileira de Nutrologia explica que alguns dos principais atributos do ingrediente não passam de hipóteses

Óleo de coco: os especialistas também negam que o produto tenha poder antibacteriano, antifúngico, antiviral e imunomodulador (quando há melhora do sistema imune) (Thinkstock/Thinkstock)

Óleo de coco: os especialistas também negam que o produto tenha poder antibacteriano, antifúngico, antiviral e imunomodulador (quando há melhora do sistema imune) (Thinkstock/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2017 às 16h53.

Última atualização em 6 de abril de 2017 às 12h48.

Os defensores desse óleo dizem que ele é quase milagroso: seus benefícios poderiam ser sentidos no cabelo, na pele, no cérebro, no intestino… Mas o que levou muitas pessoas a consumirem esse produto em colheradas foi principalmente a promessa dos quilos a menos.

Essa suposição é ancorada no fato de que a versão extravirgem do óleo de coco concentra ácidos graxos de cadeia média, que acelerariam a absorção da gordura e ajudariam no processo de emagrecimento.

 Apesar de alguns estudos até apontarem alguma redução de medidas, a maior parte apresenta resultados controversos e pouco confiáveis.

Essa foi uma das questões levantadas pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) em um posicionamento oficial a respeito do ingrediente.

“No geral, não existem evidências suficientes para concluir que o consumo de óleo de coco leva à redução de adiposidade”, afirma o documento.

Os especialistas também negam que o produto tenha poder antibacteriano, antifúngico, antiviral e imunomodulador (quando há melhora do sistema imune).

Eles informam que os únicos estudos realizados nesse sentido foram feitos in vitro, sem comprovações em seres humanos.

Sendo assim, os autores do comunicado concluem que, pelo menos por enquanto, os indícios são muito fracos para indicar o óleo do coco.

E não acabou: se você já ouviu por aí que o ingrediente pode proteger contra doenças cerebrais, como o Alzheimer, saiba que, até agora, isso também não passa de uma hipótese sem nenhuma evidência clínica, segundo a Abran.

Chama a atenção que, além de refutar as principais propriedades “mágicas” do composto, a entidade explica que ele pode, na verdade, colocar a saúde em perigo:

“Quando o óleo de coco é comparado a óleos vegetais menos ricos em ácidos graxos saturados, uma recente revisão mostrou que ele aumenta o colesterol total (particularmente o LDL-colesterol), o que contribui para um maior risco cardiovascular”.

Agora, se você realmente curte o sabor desse derivado do coco, não precisa excluí-lo completamente das preparações. Só tenha consciência de que ele faz não milagres.

Aqui cabe uma das regras de ouro da alimentação saudável: use com moderação. Pode colocar em sucos, salada de frutas e vitaminas – mas evite as colheradas.

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Saúde.

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