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Edifício em formato de cesta tem repercussão mundial

Empresa fabricante de cestas ocupa uma sede que atrai turistas do mundo inteiro pela singularidade

O prédio em formato de cesta de piquenique foi desenhado por Dave Longaberger (Divulgação/Imovelweb)

O prédio em formato de cesta de piquenique foi desenhado por Dave Longaberger (Divulgação/Imovelweb)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2011 às 14h42.

Em Ohio, na cidade de Newark, Região Metropolitana de Columbus, EUA, tem sede a Longaberger, uma das grandes fabricantes de objetos para decoração, nos Estados Unidos a lider em produção de cestas para todos os usos.

A atividade da Família Longaberger provoca em Newark movimento no mercado de negócios, e mais ainda no de turismo. Não raro, excursões com turistas de diferentes partes do mundo chegam à cidade, levando os curiosos interessados em conhecer o prédio em formato de cesta de piquenique, saído da imaginação de Dave Longaberger ainda em 1973, para concretizar como sede da empresa, em dezembro de 1997.

Com sete andares, a sede da Longaberger em formato de cesta – no modelo mais vendido pela empresa, recebeu em 1997 o Build Ohio Award, por conta da solução em gesso sintético, adotada na construção. O prédio tem estrutura em aço, coberta por estuque, enquanto o interior é rico em detalhes, com piso em mármore átrio de onde parte uma cinematográfica escadaria.

A maioria da madeira que resultou na carpintaria utilizada nos detalhes decorativos foi colhida nas dependências do Clube de Golfe Longaberger, em Hannover, depois preparada, serrada e moldada em um dos ateliês da empresa, e instalada pela sua Divisão de Construção.


Sitios arqueológicos

Newark, com pouco mais de 45 mil habitantes, é uma das muitas cidades que ocupam os vales de Ohio, na região mais industrializada dos Estados Unidos – a Centro-Oeste. O prédio em formato de cesta de piquenique não é o único motivo da repercussão mundial da cidade.

É em Newark onde está o maior círculo octogonal do mundo – tem cerca de 20 hectares, terraplenado pelos índios Hopewell há centenas de séculos. O mapa gigante, de acordo com estudiosos, contém, inclusive, representações dos alinhamentos lunares utilizados pela arquitetura Hopewell para criar os projetos de suas construções.

Os vales de Newark e os demais de Ohio são sitios de vários tesouros arqueológicos, onde viveram culturas há muito desaparecidas criaram uma arquitetura de amplas formas geométricas, fortificações e até mesmo um observatório lunar.

Pouco restou da rica herança deixada pelas culturas extintas, mas a manufatura, atividade que marcou os primórdios da ocupação, permanece como principal fonte de renda dos vales de Ohio, obviamente com apoios bem diferentes dos que eram possíveis aos habitantes originais, também para a construção de prédios.


Nos vales, pouco restou das inúmeras construções produzidas pelas culturas Hopewell, Adena e Fort Ancient, que datam de 600 A.C. Algumas edificações sobreviveram até o início do século XIX, quando começaram a desaparecer, engolidas pela atividade agrícola, campos de golfe e surgimento de vilas residenciais.

Reconstrução virtual

Contudo, ao menos virtualmente, agora os tesouros arqueológicos dos vales de Ohio foram reconstruídos. Com o auxílio de dados mapeados em uma pesquisa do século XIX, concluída antes dos monumentos serem destruídos; de fotos aéreas datadas de 1930, mostrando traços de muralhas; e imagens modernas de satélite e radares terrestres, além de recursos arqueológicos, o professor de arquitetura da Universidade de Cincinnati, John Hancock, concebeu e liderou o projeto de restauração digital das edificações antigas.

O projeto multidisciplinar demandou cinco anos de trabalho, envolvendo arquitetos, arqueólogos, índios americanos e, finalmente, mostra modelos tridimensionais computadorizados das antigas estruturas tal como elas eram, incluindo octógonos simétricos e o maior deles – o imenso círculo de terra onde a cultura Hopewell deixou gravada parte da sua história.

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