Técnico da Seleção Brasileira, Dunga: "eu não chamaria esse juiz nem para apitar um jogo entre amigos" (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2015 às 06h33.
Santiago - O Brasil vai ter de aprender a se virar sem Neymar para buscar a classificação para as quartas de final da Copa América. Domingo, contra a Venezuela, o atacante não jogará por ter sido expulso nesta quarta-feira, após o fim do jogo contra a Colômbia - durante a partida, havia recebido o segundo cartão amarelo, o que já o deixaria suspenso.
Mas o técnico Dunga acha possível a seleção apresentar um bom futebol, mesmo sem o seu craque.
"Temos de esperar amanhã (hoje) para começar a pensar uma forma de jogar", disse o treinador, admitindo que sem Neymar o Brasil terá de mudar sua maneira de atuar. "Vamos recorrer aos jogadores que temos, superar a ausência para resolver nossa situação."
E existe o risco de o Brasil, caso se classifique, ficar sem Neymar também nas quartas de final. Isso porque, pelo parágrafo 3 do artigo 29 do Regulamento da Copa América, ele poderá cumprir uma partida de suspensão pelos dois cartões amarelos e outra pela expulsão.
"Não nos falaram nada sobre isso", disse Dunga depois da partida. A Conmebol deve esclarecer a situação nesta quinta-feira.
Dunga reconheceu que a seleção, que perdeu pela primeira vez sob seu comando, não esteve bem individual nem coletivamente. Mas colocou parte da culpa pelo tropeço no juiz chileno Enrique Osses.
"Eu não chamaria esse juiz nem para apitar um jogo entre amigos. Imagina então numa Copa América, que reúne os melhores jogadores do mundo. Ele permitiu a violência, provocações e tivemos esse final lamentável", afirmou o treinador, referindo-se à briga após o encerramento da partida.