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Dry january: o desafio de não consumir bebidas alcoólicas por um mês

Após o consumo, o álcool pode ficar por até 72 horas na corrente sanguínea

Trocas por drinques não alcoólicos são uma recomendação para o mês (krisanapong detraphiphat/Getty Images)

Trocas por drinques não alcoólicos são uma recomendação para o mês (krisanapong detraphiphat/Getty Images)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 08h04.

Para muitas pessoas o início de um novo ano é marcado por metas e planos. Praticar mais exercícios e ter uma dieta mais saudável são algumas das preocupações com a saúde que chegam com o ano novo. No Reino Unido e nos Estados Unidos, janeiro é marcado pelo movimento “Dry January”, em que é incentivado o não consumo de bebidas alcoólicas durante todo o mês, em prol do bem-estar.

Lançado em 2013, o desafio "Dry January" aconteceu após a britânica Emily Robinson se inscrever para sua primeira meia maratona. A corrida aconteceria em fevereiro, e para facilitar o treinamento, ela decidiu desistir das bebidas alcoólicas em janeiro. Os efeitos foram positivos, Robinson perdeu peso, dormiu melhor e sentiu maior energia para correr.

Em janeiro de 2012, Emily decidiu cortar o consumo de álcool novamente e começou a trabalhar na organização Alcohol Change UK. Em 2013 o projeto “Dry January” foi lançado oficialmente com 4.000 participantes. Em 2021, mais de 130 mil pessoas se inscreveram para iniciativa.

Para dar uma força aos que planejam ficar 31 dias sóbrios, o governo britânico lançou o aplicativo Try Dry, que auxilia no monitoramento do consumo de álcool, a definir metas pessoais, além de oferecer informações, como calorias e dinheiro economizado por não beber.

O projeto “Dry January” tem efeitos no longo prazo. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sussex descobriu que seis meses após o participarem do desafio, mais de 70% das pessoas que passam o mês com o aplicativo "Try Dry do Alcohol Change UK" ou e-mails de treinamento passaram a beber de maneira mais saudável.

Além disso, sete entre dez pessoas diminuíram o consumo de bebidas alcoólicas, e “quase um quarto das pessoas que bebiam em níveis ‘prejudiciais’ antes da campanha está agora na categoria de baixo risco”.

Após o consumo, o álcool pode ficar por até 72 horas na corrente sanguínea. “Não é de um dia para o outro que o organismo fica limpo”, comenta Luanna Caramalac Munaro, nutricionista funcional integrativa.

Segundo Munaro, o corte no consumo de bebidas alcoólicas traz benefícios como a melhora na função hepática, na microbiota intestinal, com reparação do intestino, e na disposição física e mental, com uma melhora na qualidade do sono e na imunidade.

“Por ser uma substância inflamatória, a interrupção do consumo também é notada na estética, com a melhora da celulite, a diminuição da retenção hídrica, perda de gordura e uma pele mais saudável”, explica.

Trocas por drinques não alcoólicos são uma recomendação de Munaro, que listou três receitas. Confira.

Moscow Mule sem álcool

Moscow Mule sem álcool. (Yulia-Images/Getty Images)

Ingredientes:
Suco de limão taiti
Suco de maracujá
Ginger Ale
Espuma cítrica de gengibre

Modo de preparo:
Em uma coqueteleira com gelo, coloque os ingredientes líquidos e bata. Coe a mistura em uma caneca de cobre. Finalize com a espuma de gengibre.

Refresh Drink

Ingredientes:
50 ml de suco da fruta
Água gaseificada
Gelo
Folhas de hortelã

Modo de preparo:
Escolha um copo alto. Coloque a dose do suco e o gelo. Complete com a água gaseificada e misture bem.

Antiox Drink

Ingredientes:
50 ml de suco de morango
25 ml de creme de leite fresco
Gelo

Modo de preparo:
Bata todos os ingredientes em uma coqueteleira e sirva em um copo no estilo long drink. Vale decorar com um morango na borda.

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