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Documentário sobre Saramago é apresentado em NY em campanha pelo Oscar

José e Pilar', que relata a vida do falecido escritor português e sua esposa, foi o escolhido para representar Portugal no Oscar

'José e Pilar', que teve mais de 200 horas gravadas para a produção bruta, retrata a vida profissional e pessoal do casal desde princípios de 2006 até finais de 2008 (Abbas Yari/Wikimedia Commons)

'José e Pilar', que teve mais de 200 horas gravadas para a produção bruta, retrata a vida profissional e pessoal do casal desde princípios de 2006 até finais de 2008 (Abbas Yari/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 20h43.

Nova York - O documentário 'José e Pilar', que relata a vida do falecido escritor português José Saramago e sua esposa, a jornalista espanhola Pilar del Río, foi apresentado nesta terça-feira em Nova York como parte da campanha para indicação ao Oscar.

'O filme é inovador na forma de contar a história e, ao mesmo tempo, é muito humano e universal. Tem toda a legitimidade para ser indicado e até para ganhar', disse o diretor do filme, o português Miguel Gonçalves Mendes, em entrevista à imprensa nesta terça-feira.

'José e Pilar', que teve mais de 200 horas gravadas para a produção bruta, retrata a vida profissional e pessoal do casal desde princípios de 2006 até finais de 2008, durante o processo criativo, elaboração e lançamento do romance 'A Viagem do Elefante'.

'O filme desconstroi alguns tópicos sobre a vida do escritor', declarou Pilar del Río, que também participou da apresentação. 'Não é a vida de glamour que muitos acreditam ter, os espectadores se dão conta da pressão que existe'.

Foi justamente a vocação de mudar a imagem que se tem do escritor o que levou Gonçalves Mendes a dirigir o documentário, com o qual tinha a intenção de 'fazer um retrato intimista do autor'.

'Saramago às vezes é visto como alguém muito sério. Eu não entendia como alguém que coloca esse grau de humanidade em seus personagens podia ser o que alguns diziam que era', explicou o cineasta.

O filme foi o escolhido pelo Instituto Cinematográfico e Audiovisual português para representar Portugal no Oscar. O diretor lembrou que, na terra natal de Saramago, a obra foi vista por 30 mil pessoas, enquanto, no Brasil, o público chegou a 40 mil.

A fita já tem distribuidora nos Estados Unidos e lançamento previsto para abril, mas ainda deve ser selecionada pela Academia de Hollywood para concorrer ao Oscar, seja na categoria de Melhor Filme Estrangeiro ou de Melhor Documentário.

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