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Documentário na Netflix exibe Michelle Obama na intimidade

Minha história, que estreia hoje, é um retrato “sem filtros” da ex-primeira-dama dos Estados Unidos

MICHELLE OBAMA: 11 milhões de cópias de sua biografia já foram distribuída (Divulgação/Divulgação)

MICHELLE OBAMA: 11 milhões de cópias de sua biografia já foram distribuída (Divulgação/Divulgação)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 6 de maio de 2020 às 06h45.

“Esta sou eu por inteiro, sem filtros, pela primeira vez.” É dessa forma que a própria Michelle Obama anuncia, no trailer, o que se pode esperar do documentário Minha história, que estreia hoje na Netflix.

O filme acompanha a ex-primeira-dama americana em turnê por 34 cidades, no ano passado, para divulgar sua autobiografia. As cenas mostram Michelle em visitas a escolas públicas com estudantes emocionadas, apresentações em estádios abarrotados e conversas com personalidades como Oprah Winfrey.

Entre as imagens das visitas aparecem fotos e vídeos antigos, desde a infância de Michelle no bairro de South Side, em Chicago, passando pelos corredores da Universidade Princeton, até o encontro em um escritório de advocacia com um estudante de Direito chamado Barack Hussein Obama II.

Assim como no livro, a curiosidade maior é sobre sua vida ao lado de Barack Obama na Casa Branca, entre 2009 e 2017. O título no original tanto do livro como do filme, Becoming, algo como “Transformando-se” na tradução, é bem mais adequado. Afinal, é disso que se trata: da transformação de Michelle.

A emoção dá o tom, das imagens à trilha sonora. Michelle levanta duas bandeiras, bastante caras no mundo de hoje: a emancipação feminina e a luta contra a desigualdade racial. Seu passado, como descendente de escravos, é constantemente lembrado.

No livro, publicado no fim de 2018, Michelle diz que não pensa em seguir carreira política. Agora, um ano e meio depois, existe a expectativa de que ela quebre essa promessa. Joe Biden, candidato democrata às eleições presidenciais americanas deste ano, já disse que gostaria de ter como vice uma mulher, de preferência negra ou latina – e que sua companheira de chapa dos sonhos seria Michelle.

O momento é especialmente desafiador para os Estados Unidos. A médica Deborah Birx, coordenadora da força-tarefa do governo americano para o combate à pandemia do coronavírus, afirmou que a covid-19 pode deixar 240 mil mortos no país. A economia do país encolheu 4,8% no 1º trimestre com a crise causada pela propagação da doença. Foi a maior queda registrada desde a Grande Recessão, em 2008.

É nesse contexto que o documentário chega ao canal de streaming. O fascínio no mundo pela família Obama reside em sua normalidade. No filme, em certo momento, a ex-primeira-dama diz: “Como minha mãe já dizia, eles não são especiais. Há milhões de pessoas no mundo como Michelle e Barack.”

A biografia de Michelle foi um enorme sucesso desde seu lançamento, com mais de dois milhões de exemplares vendidos nas duas primeiras semanas. Até hoje, mais de 11 milhões de cópias já foram distribuídas. Não se espera nada diferente do documentário.

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