Casual

Documentário conta a história das primeiras surfistas de São Tomé e Príncipe; assista

Desde 2020 a ONG SOMA Surf, fundada pela portuguesa Francisca Sequeira, leva lições de empoderamento a jovens mulheres utilizando o esporte como ferramenta

Mulheres surfistas: projeto em ilha na África leva empoderamento por meio do esporte (Divulgação/Divulgação)

Mulheres surfistas: projeto em ilha na África leva empoderamento por meio do esporte (Divulgação/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 17 de outubro de 2023 às 14h50.

Última atualização em 17 de outubro de 2023 às 15h43.

São Tomé e Príncipe, segundo menor país da África, é um paraíso natural, mas também um lugar onde 67% da população vive abaixo da linha da pobreza, e apenas 34% das mulheres chegam ao ensino médio, segundo dados oficiais. Apesar do contexto desafiador, o surfe tornou-se uma porta de transformação na vida das mulheres na pequena ilha no Atlântico.

Desde 2020 a ONG SOMA Surf, fundada pela portuguesa Francisca Sequeira, leva lições de empoderamento a jovens mulheres utilizando o esporte como ferramenta. O programa inclui aulas de surfe — no contraturno escolar —, para quebrar o estigma, aumentar a autoestima e as habilidades sociais.

Conta ainda com apoio acadêmico, que visa aumentar o interesse pela escola e criar um ambiente convidativo para o estudo. Oferece também atividades de capacitação, como debates e workshops sobre confiança, e o papel da mulher na sociedade.

"Na realidade destas meninas, o surfe por si só e a terapia de surfe eram apenas o início da mudança de paradigma delas. Ganhamos a confiança da comunidade por meio do surfe e com ele começamos a perceber quais eram as conversas importantes a ter com estas jovens", explica Francisca Sequeira.

Assim como um gesto da empreendedora social transformou a vida das mulheres de São Tomé e Príncipe, outro passo deve dar mais visibilidade não só a elas, como a todas aquelas mulheres negras que surfam em todo o mundo.

Tudo começou quando a agência Coming Soon Lisboa percebeu que não havia mulheres negras surfando nas fotos dos principais bancos de imagens do mundo. Foi aí que as duas histórias se cruzaram. A agência convidou o gigante Shutterstock e a Betclic —- empresa de apostas esportivas — para fotografar essas mulheres e ainda criar um documentário que conta a história delas.

Intitulado de Surfing Through The Odds ("Surfando pelas probabilidades", numa tradução livre), a produção promete contribuir ativamente para a inclusão e representatividade destas mulheres como também estimular outras pessoas que também praticam o surfe ou mesmo se sintam estimuladas a começar.

Renda revertida para a SOMA

O documentário está disponível no YouTube da Betclic e no site da Shutterstock e as fotografias estão disponíveis na Shutterstock — com 100% dos lucros das imagens e dos vídeos voltados diretamente para a SOMA, e de forma vitalícia. Dessa forma, o projeto aproveita os melhores recursos e a visibilidade de cada parceiro para contribuir para a mudança efetiva da desigualdade racial e de gênero na comunidade do surfe e para o empoderamento das mulheres em São Tomé e Príncipe.

"Em parceria com a SOMA e a Betclic, identificamos uma lacuna no mercado de conteúdo e trabalhamos ativamente para resolver esse problema em uma experiência incrivelmente rica e gratificante para todos os envolvidos. Estamos ansiosos para que o mundo dê uma olhada nas imagens finais e no documentário e seja transportado para a nação insular de São Tomé e Príncipe, onde centenas de jovens mulheres estão embarcando em experiências que mudam sua vida graças às iniciativas da SOMA", diz Adam Barnett, diretor sênior de produção da Shutterstock Studios.

Veja o documentário

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:NegrosFeminismoSurfe

Mais de Casual

A aposta do momento do grupo LVMH: o segmento de relojoaria de luxo

O que acontece com as cápsuals de café após o uso?

9 hotéis para aproveitar o último feriado prolongado de 2024

Concurso elege o melhor croissant do Brasil; veja ranking