Casual

Djamila Ribeiro é eleita para vaga na Academia Paulista de Letras

Filósofa e ativista vai ocupar a cadeira que foi de de Lygia Fagundes Telles

Djamila Ribeiro: extensão de um sonho (Rodrigo Trevisan/Divulgação)

Djamila Ribeiro: extensão de um sonho (Rodrigo Trevisan/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de maio de 2022 às 11h38.

A filósofa e ativista Djamila Ribeiro, 41 anos, foi eleita à Academia Paulista de Letras. Djamila vai ocupar a 28ª cadeira da APL, que pertencia à Lygia Fagundes Telles, que morreu em abril aos 93 anos.

A votação, que aconteceu na última terça-feira (24), teve 30 votos favoráveis à filósofa, de um total de 39. Nomes como Ignácio de Loyola Brandão, Ruth Rocha e Jô Soares também estão entre os imortais da APL.

Nas redes sociais, Djamila comemorou o feito: "Essa a notícia, Brasil! Eu me sinto muito feliz e honrada por fazer parte da Academia Paulista de Letras. Agradeço a todos os acadêmicos e acadêmicas que votaram e me deram a oportunidade incrível de ocupar a cadeira que foi da gigante Lygia Fagundes Telles", escreveu.

Mestre em filosofia pela Universidade Federal de São Paulo e natural da cidade de Santos, Djamila Ribeiro se tornou uma das principais vozes do feminismo negro no Brasil e é autora de livros como "O que é lugar de fala?" (Letramento, 2017), "Quem tem medo do feminismo negro?" (Companhia das Letras, 2018) e "Pequeno manual antiracista" (Pólen, 2019), além de seu mais recente "Cartas para minha avó" (Companhia das Letras, 2021). Ela também integra o corpo docente do curso de jornalismo da PUC-SP.

Em 2019, ela foi indicada ao Prêmio Jabuti na categoria Humanidades pelo livro "O que é lugar de fala?", chegando a ser finalista. No ano seguinte, ela ganhou o Jabuti com seu elogiado "Pequeno Manual Antirracista". Ao longo da carreira, ganhou outros prêmios importantes como o Prince Claus oferecido pelo Ministério das Relações Exteriores da Holanda, que reconheceu a sua luta ativista, na categoria Filosofia. Já foi escolhida como “Personalidade do Amanhã” pelo governo francês, uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela ONU e, no ano passado, foi a primeira pessoa brasileira a ser premiada no BET Awards, maior prêmio da comunidade negra nos Estados Unidos, na categoria Global Good.

Acompanhe tudo sobre:FilósofosLiteratura

Mais de Casual

Asics oferece empréstimo de tênis para corrida em várias cidades do Brasil; saiba mais

Por que novo carro da Citroën marca uma das maiores revoluções da Stellantis no Brasil

A Grand Seiko, marca japonesa de relógios de luxo, chega ao Brasil

Velocidade, luxo e lazer: os iates do Boat Show SP que chegam às águas brasileiras