James Gunn (Richard Harbaugh/Disneyland/Getty Images)
EFE
Publicado em 15 de março de 2019 às 17h20.
Los Angeles - A Disney recontratou James Gunn para dirigir a terceira parte da saga "Guardiões da Galáxia", depois de tê-lo demitido em julho do ano passado após a publicação de uma série de mensagens antigas e controversas no Twitter do cineasta, nas quais brincava sobre temas como a pedofilia.
A decisão foi divulgada apenas nesta sexta-feira, mas foi definida há alguns meses, segundo assegura o site especializado "Deadline", que detalha que o presidente dos estúdios Disney, Alan Horn, voltou atrás depois que Gunn se desculpou publicamente.
O diretor das duas primeiras aventuras dos Guardiões, heróis intergalácticos do Universo Marvel, garantiu no próprio dia de sua demissão que assumia a responsabilidade pelo seu comportamento.
"Minhas palavras de há quase uma década foram, naquele momento, erros totalmente fracassados e desafortunados para ser provocador. Lamentei durante muitos anos desde então, não só porque eram estúpidas, nada divertidas, extremamente insensíveis e certamente não provocadoras como esperava, mas porque não refletem a pessoa que sou ou fui durante algum tempo", acrescentou.
Alguns dias depois, o elenco da saga pediu em carta divulgada nas redes sociais o regresso de Gunn como diretor da terceira parte.
"Embora não apoie as brincadeiras inapropriadas que James Gunn fez anos atrás, é um bom homem", escreveu o ator Chris Pratt no seu perfil oficial de Instagram. "Pessoalmente, eu gostaria de vê-lo de novo como diretor do Volume 3", completou.
O astro incluiu na sua publicação a carta assinada por Zoe Saldaña, Dave Bautista, Karen Gillan, Bradley Cooper, Sean Gunn, Vin Diesel, Pom Klementieff e Michael Rooker.
"Apoiamos totalmente James Gunn. Todos estamos surpreendidos pela sua abrupta demissão na semana passada e esperamos intencionalmente dez dias para responder com a intenção de pensar, rezar, escutar e debater sobre o ocorrido", destaca a carta.
O regresso de Gunn se complicou nos meses posteriores porque o cineasta assinou um contrato para escrever e dirigir a sequência de "Esquadrão Suicida", da Warner e da DC.
No entanto, os estúdios Marvel aceitaram começar a produção de "Guardiões da Galáxia Vol.3" quando Gunn terminar seu trabalho com "Esquadrão Suicida 2".
Gunn dirigiu e se encarregou dos roteiros de "Guardiões da Galáxia" (2014) e da sequência "Guardiões da Galáxia Vol. 2". O primeiro filme arrecadou US$ 773 milhões no mundo todo, enquanto o segundo embolsou US$ 864 milhões. EFE