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Discovery estreia superprodução em outubro

Série mostra a rotina de pilotos, médicos e enfermeiros do Grupamento Aéreo da Polícia Militar do Estado de São Paulo

Helicóptero da Polícia Militar do estado de São Paulo: (Wikimedia Commons)

Helicóptero da Polícia Militar do estado de São Paulo: (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 09h35.

São Paulo - A Discovery estreia em 10 de outubro, às 22h20, a série documental “Águias da Cidade”, superprodução da Mixer sobre a rotina dos pilotos, médicos e enfermeiros do Grupamento Aéreo da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Resultado de dois anos e meio de negociações e trabalho, a ideia da série surgiu durante outra produção da Mixer para a programadora. Rodrigo Astiz, diretor geral da série, filmava “Águas Mortais”, em 2010, abordando os eventos climáticos na América Latina, quando conheceu um médico do Grupamento, que seria entrevistado para o documentário. No momento em que o diretor estava pronto para gravar, soou o alarme para uma saída do Águia e o médico precisou abandonar o local. Astiz então descobriu que estas saídas aconteciam com frequência, em média quatro por dia, e viu nisso um bom material para uma série. A Discovery gostou da ideia e abraçou a produção.

Para que a produção fosse viabilizada seria preciso ter o aval da Polícia Militar para conseguir acesso irrestrito e sem qualquer tipo de ingerência ao ambiente do Grupamento. A equipe da Mixer desenvolveu um projeto com o mínimo possível de interferência no trabalho dos profissionais. A ideia era acompanhar toda a ação que se passa no helicóptero e nas cabines centrais de atendimento, desde a chegada da chamada, passando pelo deslocamento da equipe, pelas manobras arriscadas, até o socorro prestado para estabilizar a pessoa acidentada e levá-las aos hospitais de referênica. A série tem bastante foco no profissional, na atuação em equipe fundamental nestas situações de risco e preocupação em mostrar a dimensão humana por trás do trabalho, portanto, não houve resistência dos responsáveis pelo Grupamento em autorizar e colaborar com a produção.

Astiz conta que a produção teve início um mês antes das gravações. “Foi o tempo de nos ambientarmos com o trabalho, conhecer as pessoas, as histórias pessoais, os tipos de trabalho e estudar como posicionar as câmeras e microcâmeras”. A produção optou por não usar um cameraman nos helicópteros e a solução foi instalar aparelhos na aeronave. Eram oito câmeras no total, posicionadas no painel frontal do helicóptero e nas laterais, no banco do passageiro, no capacete de um tripulante e no peito do médico. Elas eram acionadas na partida do helicóptero e só desligadas quando elas voltavam. “Isso proporciou uma linguagem muito interessante, que é a de voar junto com eles. É uma das maiores qualidades da série”, destaca Astiz.


Para Carla Ponte, supervisora de produção e desenvolvimento da Discovery Networks, esta foi uma decisão bastante acertada. “Tivemos a facilidade de captar o momento de espontaneidade. A ausência de um câmera para a equipe acabou tornando algo muito positivo, que gerou beleza para a série”, observa.

A parte mais complicada, segundo o diretor geral, foi a edição. A equipe gravou entre outubro de 2011 e março de 2012, dando ao diretor de “Águias da Cidade”, Sérgio Zeigler, mais de mil horas de gravação. Também foram captadas cenas de alguns desses profissionais e cenas externas dos "águias" em ação. Para estes momentos, a Mixer contou em algumas chamadas com a participação do comandante Hamilton, famoso por suas atuações nos telejornais.

A série tem oito episódios e foi financiada com recursos incentivados (Artigo 39). Cada um deles aborda um aspecto do tema, como o treinamento de pilotos novatos, resgates aeromédicos, atuação dos águias no período de chuvas e planejamentos e imprevistos. Pela universalidade do tema, existe a possibilidade de o conteúdo ser exibido em outros territórios.

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