Presidência: Giancarlo Abete renunciou ao cargo após a eliminação da Itália ainda na primeira fase da Copa do Mundo deste ano (Alessandro Bianchi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2014 às 12h39.
Roma - Um dos vice-presidentes da Federação Italiana de Futebol (FIGC) se tornou protagonista de uma grande polêmica no país. Carlo Tavecchio usou um termo racista para falar de jogadores estrangeiros e foi bastante criticado. A situação ganhou ainda mais projeção porque o dirigente é candidato à presidência da federação.
Na sexta-feira, ao ser questionado sobre a presença de jogadores estrangeiros na Itália, Tavecchio disse: "Na Inglaterra, eles escolhem os jogadores com base no profissionalismo, enquanto dizemos que 'Opti Poba' está aqui. Ele estava comendo bananas antes e agora está como titular da Lazio e tudo bem".
O dirigente estaria fazendo uma referência ao camaronês Joseph Minala, que chamou a atenção na última temporada ao ser contratado pela Lazio e aparentar ter muito mais que os 17 anos relatado por ele. Após uma investigação, no entanto, a Federação Italiana constatou que o jogador falava a verdade.
A forma como Tavecchio se referiu aos jogadores do exterior, em especial supostamente a Minala, gerou revolta na Itália e os pedidos para que ele deixe a eleição da FIGC ganharam força. Principal jornal esportivo do país, o Gazzetta dello Sport escreveu um editorial neste domingo requisitando a desistência de Tavecchio.
A eleição para presidência da FIGC acontecerá no próximo dia 11 de agosto, depois que Giancarlo Abete renunciou ao cargo após a eliminação da Itália ainda na primeira fase da Copa do Mundo deste ano. Se Tavecchio desistir da eleição, o presidente da entidade deverá ser o ex-jogador Demetrio Albertini, único outro candidato ao posto.