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Dior leva espartilhos às passarelas de Paris; grife Victoria/Tomas comemora dez anos

Catherine de Medici, streetwear e lingeries foram inspirações para desfiles no segundo dia da Semana de Moda de Paris

Para estilista da Dior, desfile buscou trazer atmosfera de “festa barroca” (AFP/AFP)

Para estilista da Dior, desfile buscou trazer atmosfera de “festa barroca” (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 27 de setembro de 2022 às 14h56.

A Dior levou saltos e espartilhos de volta às passarelas da Semana de Moda de Paris nesta terça-feira, 27, ao apresentar uma coleção inspirada em Catherine de Medici, enquanto a Victoria/Tomas comemorou dez anos em um desfile que mesclou streetwear com lingerie.

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Maria Grazia Chiuri, diretora criativa de moda feminina da Dior, disse que os espartilhos, crinolinas e outros itens históricos, inspirados na rainha francesa do século 16,  permaneceram modernos e funcionais apesar de sua aparência.

"A ideia que me divertia era a de que existem elementos nas roupas que criam um imaginário de realeza", definiu Chiuri à reportagem antes do desfile.

De forma irônica e moderna, a estilista vira de cabeça para baixo elementos que inicialmente estão distantes de seu universo criativo, de forma irônica e moderna. "Não a fiz olhando para o passado", assegurou.

O desfile primavera-verão 2023 teve uma gruta no Jardin des Tuileries como cenário, no segundo dia da Semana de Moda de Paris. Com bailarinas se apresentando ao fundo, o desfile buscou trazer uma atmosfera de “festa barroca”, refletindo a inspiração chave da coleção.

Baixinha, a aristocrata italiana Catherine de Medici foi pioneira no uso de sapatos plataforma,  presente no trabalho de Chiuri, e usava silhuetas estruturadas para criar uma presença mais imponente quando chegou à corte da França na década de 1530.

Modelos da coleção primavera-verão 2023 da marca francesa Dior desfilam em Paris

Modelos da coleção primavera-verão 2023 da marca francesa Dior desfilam em Paris (AFP/AFP)

Os espartilhos não são peças escondidas na nova coleção da Dior: "Eles são um objeto para brincar e se divertir", disse Chiuri. Não sendo integrado à roupa, pode ser usado por cima de uma camiseta ou camisa.

Os vestidos têm uma dimensão "funcional", acrescentou, em uma homenagem ao "power dressing" que surgiu na década de 1970 e atingiu seu auge na década seguinte, graças a criadores como Thierry Mugler. Uma mulher que veste ombros largos e cintos apertados, para reforçar sua imagem de autoridade.

Havia também muitos bordados e rendas, que Catherine de Medici fazia questão de serem produzidos em grandes quantidades por artesãos Reais franceses.

Chiuri se mostrou ciente de que não há clima de festa no mundo agora, mas disse que isso é mais um motivo para adotar um tom lúdico com a moda.

"Neste momento histórico sombrio, a moda é o único território onde ainda podemos brincar, é o que quero fazer agora. A situação é trágica, temos que encontrar motivos para trabalhar", explica Maria Grazia Chiuri.

Mensagem do amor

A mensagem do amor foi o fio condutor escolhido pelo casal francês Victoria e Tomas para comemorar seus dez anos no mundo da moda.

Apoiados pela família, que desfilou e ajudou nos bastidores para que tudo corresse bem, Victoria e Tomas lembraram ao público o que os motiva no mundo da moda. 

Na passarela, um casaco de moletom na altura do umbigo é estilizado com uma calça de renda transparente, enquanto uma calça jogging é acompanhada por um corpete. Corações apareceram em todos os vestidos desta coleção apresentada na Estação de Invalides.

"Misturamos para sugerir, sempre com equilíbrio, entre Victoria e eu", explicou Tomas Berzins, de origem letã, à reportagem. "Foram dez anos de pesquisa, erros e acertos que nos trouxeram até aqui. Nossa mensagem é: amor", acrescentou Victoria Feldman, de origem russa.

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