Casual

Dia do Churrasco: saiba como harmonizar diferentes cortes e vinhos

Sem dúvida, é uma paixão nacional que há um dia especial só para celebrá-la, hoje, 24, é comemorado o Dia do Churrasco

Vinho e churrasco: aprenda a harmonizar com os rótulos ideais.  (iStock/Getty Images)

Vinho e churrasco: aprenda a harmonizar com os rótulos ideais. (iStock/Getty Images)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 24 de abril de 2024 às 08h02.

Tudo sobreGastronomia
Saiba mais

Explorar a arte do churrasco vai além da seleção de carne e temperos. Sem dúvida, é uma paixão nacional que há um dia especial só para celebrá-la, hoje, 24, é comemorado o Dia do Churrasco. Cada detalhe, desde o corte escolhido até a técnica de cozimento, influencia no resultado final. E quando se trata de aprimorar essa experiência, a harmonização entre carnes e vinhos desempenha um papel crucial.

“Ao selecionar vinhos para acompanhar cortes como picanha e costela, é fundamental considerar características como acidez e presença de taninos para equilibrar a gordura e textura das carnes”, diz Thamirys Schneider, sommelière do clube de assinatura de vinhos Wine.

Uma boa dica é considerar a experiência que se quer destacar. Segundo a especialista, o tempero pode variar de acordo com o que se quer ressaltar na carne, se é o sabor mais puro do corte, ou uma diferenciação de sabores com o uso de temperos. Os vinhos podem ser selecionados de acordo com essas particularidades. Para combinações acertadas, acompanhe as dicas da sommelière.

Picanha com Cabernet Sauvignon

Com um corte suculento e muito apetitoso que conquista com seu sabor marcante e inconfundível, a picanha é a queridinha dos brasileiros. É uma peça que se destaca por trazer uma camada generosa de gordura na parte de cima e também apresenta uma quantidade adequada de gordura entremeada na carne, conhecida como marmoreio, sinônimo de suculência, maciez e sabor.

Trata-se de uma carne versátil e prática que pode ser preparada de diversas formas, mas deixá-la ao ponto e temperá-la com sal grosso já garante uma experiência saborosa.

Por ter a gordura como uma característica marcante, é importante escolher um vinho com acidez marcante, que auxilie a limpar a gordura do paladar. Outro ponto de atenção são os taninos, que precisam ser presentes e macios para quebrar a fibra da carne. Essa união de acidez alta e boa presença tânica vai combinar perfeitamente com a suculência da carne.

Exemplares elaborados com as uvas Cabernet Sauvignon, Malbec, Nebbiolo e Tannat são ótimas opções para acompanhar essa peça. Uma boa sugestão é o chileno Kinast K Barrel Reserva D.O. Lontue Valley Cabernet Sauvignon 2022 (sócio Wine R$ 89,90, não sócio R$ 105,76), rótulo da linha Kinast K Barrel Reserva da vinícola Kinast Family Wines, que tem oito meses de amadurecimento em barricas de carvalho francês e americano, resultando em um vinho com interessante complexidade nos aromas e sabores, que apresenta paladar aveludado, boa estrutura, taninos macios e boa acidez.

Costela com Sangiovese

Uma boa sugestão de preparo de costela, para garantir sua suculência e sabor, é embrulhá-la no papel alumínio e colocá-la na churrasqueira com a parte do osso para baixo. Temperos como ervas finas, pimenta do reino, páprica defumada e alho dão um toque especial, deixando a carne ainda mais saborosa.

Por se tratar de uma carne bastante gordurosa fibrosa, é importante escolher vinhos tintos mais tânicos e com boa presença de acidez para ajudar a quebrar as fibras da carne e também a limpar o paladar. Uma boa dica são vinhos elaborados com as uvas Syrah, Tannat, e vinhos italianos elaborados com a uva Sangiovese.

Para esta harmonização, o italiano Il RisVeglio Chianti D.O.C.G. 2020 (sócio Wine R$ 239,90, não sócio R$ 282,24) é uma escolha interessante. Com destaque da uva Sangiovese (80%), mundialmente conhecida por produzir vinhos exuberantes e gastronômicos, ao lado da Colorino (20%), elaborado pelo método Governo all’uso Toscano, similar ao ripasso do Vêneto, consiste numa fermentação secundária do vinho, obtida pela adição de uvas que sofreram processo de secagem. Este é um Chianti intenso, com acidez vibrante, taninos presentes e redondos e boa expressividade capaz de encantar os paladares mais exigentes. Este exemplar recebeu 97 pontos por Luca Maroni, um famoso crítico italiano de vinhos.

Contrafilé com Malbec

O contrafilé é um corte robusto conhecido como pertencente à “família real” dos cortes bovinos, apresenta textura firme, suculência, fibrosidade, sabor acentuado e gordura intramuscular, sendo uma carne muito apreciada por quem ama churrasco.

Por ser um corte que geralmente tem mais fibra e não é tão gorduroso, é importante escolher vinhos tintos mais encorpados, com taninos mais marcados e acidez média, como os clássicos Malbec argentinos, ou até mesmo os Tempranillo de Rioja, na Espanha.

Para acompanhar esse corte no seu churrasco, a dica é o argentino Tensión La Ribera Malbec Petit Verdot 2019 (sócio Wine R$ 79,90, não sócio R$ 94).

Elaborado no Valle de Uco, Mendoza, Argentina, pela vinícola Familia Zuccardi, este exemplar composto 90% por Malbec e 10% pela uva Petit Verdot amadureceu 12 meses em barricas de carvalho francês de primeiro e segundo uso, o que agregou maior corpo, estrutura e complexidade a vinho. Um vinho com taninos presentes e polidos, textura aveludada e boa acidez que vai ser sucesso no seu churrasco.

Cupim com Carménère

Uma carne para churrasco super querida pelos brasileiros, o cupim conquista os paladares com sua gordura entremeada nas fibras, sabor acentuado e maciez. Para além do preparo lento que deixa a carne macia, o toque especial são os temperos usados, como tomilho, louro e pimenta do reino, que conferem um sabor a mais à carne.

Exemplares que têm notas herbais e de especiarias, como os elaborados com as uvas Carménère, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, principalmente os chilenos, são ótimas opções para harmonizar com o cupim.

O chileno V9 Reserva Carménère 2022 (sócio Wine R$ 36,90, não sócio R$ 43,41) é uma boa opção para acompanhar esta carne. Elaborado pela Viña Ventisquero no Valle de Colchagua, Chile, 30% deste exemplar amadureceu 4 meses em barricas de carvalho francês, depois, mais 6 meses em garrafa antes de ser comercializado. Certamente é um vinho com corpo médio, notas frutadas, de especiarias e toques herbais, com taninos macios e boa acidez.

Acompanhe tudo sobre:GastronomiaChurrascoVinhos

Mais de Casual

4 estradas incríveis no Brasil para testar carros em diferentes tipos de terreno

Xiaomi venderá carros elétricos fora da China nos próximos anos, diz CEO

Alvaro Gutierrez, country manager da Intimissimi, aproveita o tempo livre em cavalgadas pelo mundo

‘Anora’ faz história no Oscar ao vencer Melhor Filme e mais 4 categorias