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Dia de homenagens a Clarice Lispector tem eventos em todo o país

No Rio de Janeiro, onde se concentram os principais atos, a 'Hora C' começou cedo com um passeio gratuito pelo bairro do Leme

Além de ser uma das autoras mais conhecidas e lidas do Brasil, Clarice, que desembarcou em Recife aos 2 anos de idade junto com seus pais, é considerada como uma das romancistas mais relevantes da língua portuguesa e sua obra foi traduzida a vários idiomas (Claudia Andujar/Veja)

Além de ser uma das autoras mais conhecidas e lidas do Brasil, Clarice, que desembarcou em Recife aos 2 anos de idade junto com seus pais, é considerada como uma das romancistas mais relevantes da língua portuguesa e sua obra foi traduzida a vários idiomas (Claudia Andujar/Veja)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 18h58.

Rio de Janeiro, 10 dez (EFE).- A romancista brasileira de origem ucraniana Clarice Lispector é relembrada neste sábado com diferentes atos em sete cidades do Brasil na primeira edição da chamada 'Hora de Clarice', que pretende fazer de todo 10 de dezembro um dia de homenagem à autora de 'A paixão segundo G.H.'.

Assim como o 'Dia D', quando o Brasil lembra a cada 31 de outubro com diferentes homenagens a data de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, a 'Hora de Clarice' procura dar um destaque maior à escritora que nasceu em 10 de dezembro de 1920 em Tchetchelnik (Ucrânia) e morreu em 9 de dezembro de 1977 no Rio de Janeiro.

Trata-se de outra homenagem inspirada no Bloomsday, como são conhecidos os atos realizados na Irlanda e em outros países a cada dia 16 de junho para lembrar Leopold Bloom, o protagonista do romance 'Ulisses' de James Joyce.

'A ideia não é exatamente inédita, mas queríamos ter um dia em que Clarice fosse recordada', explica o editor Paulo Rocco, cuja editora possui os direitos sobre a obra da escritora, que é a maior estrela de seus catálogos.


A primeira edição da 'Hora de Clarice', organizada pela editora Rocco, tem programados diferentes atos neste sábado em livrarias, centros culturais e até estações de metrô das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Belém e Recife.

No Rio de Janeiro, onde se concentram os principais atos, a 'Hora C' começou cedo com um passeio gratuito pelo bairro do Leme, onde vivia a escritora, guiado por Teresa Montero, organizadora de algumas coleções da romancista.

Nesta cidade também estão previstas conferências, debates, exposições de fotografias, leituras de textos, encontros com biógrafos, ensaístas e estudiosos da autora e o lançamento do livro sobre a romancista 'Encontros: Clarice Lispector'.

A Rocco, que adquiriu os direitos da obra de Clarice em 1997, lançou edições com os textos originais de romances como 'Perto do coração selvagem' (1944), 'A paixão segundo G.H.' (1964), 'A hora da estrela' (1977) e 'Um sopro de vida' (1978), livros que nas primeiras edições, por diferentes razões, tiveram cortadas algumas partes.

Além de ser uma das autoras mais conhecidas e lidas do Brasil, Clarice, que desembarcou em Recife aos 2 anos de idade junto com seus pais, é considerada como uma das romancistas mais relevantes da língua portuguesa e sua obra foi traduzida a vários idiomas.

'A Hora de Clarice' também tem eventos previstos em diferentes livrarias de Buenos Aires organizados pela editora argentina Corregidor, que aproveitará a data para anunciar o lançamento em espanhol do volume de contos 'A legião estrangeira'. 

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