Casual

Desafio glacial: Montblanc testa seu novo relógio em maratona na Antártida

A Montblanc lança modelo feito para condições extremas durante maratona na Antártida, a 30 graus negativos

Competidores da maratona nas Montanhas Ellsworth: preparação, concentração e sorte em condições inóspitas (Rodolfo Soto/Divulgação)

Competidores da maratona nas Montanhas Ellsworth: preparação, concentração e sorte em condições inóspitas (Rodolfo Soto/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 09h42.

Para correr uma maratona são necessários poucos acessórios além de um bom par de tênis, roupas confortáveis e preparo físico. Mas algumas maratonas são mais árduas do que outras, como o desafio proposto pela Montblanc para testar seu novo relógio Montblanc 1858 Geosphere 0 Oxygen South Pole Exploration Limited Edition 1990. Em dezembro passado, 52 homens e 14 mulheres partiram para o sopé das Montanhas Ellsworth para completar a 18a Maratona do Gelo da Antártida, a dezenas de graus negativos e com ventos cortantes. Para esse tipo de corrida, em local tão inóspito, são necessários acessórios mais adequados para atravessar a linha de chegada.

Entre os competidores estavam Laurent Lecamp, diretor-geral da divisão de relógios da Montblanc, e o embaixador da marca, ou mark maker, Simon Messner. Lecamp é um corredor experiente em trilhas e maratonas. “Preparação é 50% do trabalho. Sorte e concentração são a outra metade necessária para finalizar a corrida”, diz Lecamp.

Ainda que esta tenha sido a primeira maratona de Simon, o italiano possuía uma vantagem, visto que a prática no montanhismo o tornava familiarizado com as condições climáticas extremas e o terreno árido que a dupla encontraria. Sua participação também foi simbólica, já que seu pai, Reinhold Messner, fez história em 1990.

Naquele ano, ele e o explorador Arved Fuchs foram os primeiros homens a cruzar a Antártida a pé, sem apoio animal ou motorizado, cobrindo uma distância de 2.800 quilômetros e subindo, gradualmente, mais de 3.000 metros em 96 dias. Ao mesmo tempo, eles puxavam um trenó com peso superior a 100 quilos e tinham poucos instrumentos de navegação, como uma bússola, para guiá-los. ­Simon nasceu no ano em que Reinhold completou tal empreitada.

Essa história serviu de inspiração para o desenvolvimento do novo relógio.

O ano de 1990 também representa a quantidade de peças disponíveis da coleção limitada. O relógio é alimentado pelo calibre MB 29.25 da manufatura da maison, que apresenta uma complicação de hora mundial e uma reserva de marcha de 42 horas. O mostrador exibe os Hemisférios Norte e Sul com dois globos tridimensionais que giram no sentido anti-horário. Uma gravação especial em 3D da Aurora Austral adorna o fundo da caixa.

O Montblanc 1858 Geosphere 0 Oxygen South Pole Exploration: caixa com nitrogênio e edição limitada a 1.990 peças (Montblanc/Divulgação)

“Passei a entender o que meu pai fez quando comecei a escalar sozinho. Antes disso era muito difícil ter essa compreensão. E o mesmo acontece na Antártida agora. É incrível chegar lá e ver com os próprios olhos o que significa estar ao ar livre a 30 graus negativos”, diz Simon. “Uma vez ele me disse que eu poderia herdar muitas coisas: roupas, histórias, conhecimento, livros, mas não poderia herdar experiências. E nesse sentido cada geração tem de sair e conquistar as suas próprias experiências.”

O relógio faz parte da coleção 0 Oxygen. Para resistir às condições climáticas, a caixa das peças é preenchida com nitrogênio. A falta de oxigênio não apenas elimina o embaçamento, que pode ocorrer com mudanças drásticas de temperatura em altitude, mas também evita a oxidação. O relógio também vem com duas pulseiras, de tecido e de titânio.

O preço da peça para o mercado brasileiro é de 51.600 reais.

Para enfrentar as condições climáticas extremas, a recomendação de Lecamp é usar a pulseira de titânio. “Decidimos juntos usar a pulseira de titânio por uma razão. A qualidade da pulseira têxtil pode diminuir se estiver ventando, chovendo ou nevando ao mesmo tempo. Mesmo com muito frio e muito vento, a pulseira de titânio não se move. Além disso, ela foi adaptada ao nosso tamanho, então, quando corro, o relógio continua ajustado na mesma posição”, diz.

Correndo juntos, com Laurent ditando o ritmo, a dupla cruzou a linha de chegada de mãos dadas, com o relógio no pulso, em 4 horas e 29 segundos, conquistando o sétimo lugar. E mais uma história para contar.

Acompanhe tudo sobre:RelógiosMontblancEsportesMaratonas

Mais de Casual

A aposta do momento do grupo LVMH: o segmento de relojoaria de luxo

O que acontece com as cápsuals de café após o uso?

9 hotéis para aproveitar o último feriado prolongado de 2024

Concurso elege o melhor croissant do Brasil; veja ranking