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De romance a xingamentos em português, tenista número 1 do mundo conquista os fãs brasileiros

Número 1 do mundo, que tem relacionamento com o brasileiro Georgios Frangulis, enfrenta Coco Gauff, segunda do mundo na final em Roland Garros

Número 1 do mundo: Aryna Sabalenka está na final de Roland Garros pela primeira vez (Julian Finney/Getty Images)

Número 1 do mundo: Aryna Sabalenka está na final de Roland Garros pela primeira vez (Julian Finney/Getty Images)

Publicado em 6 de junho de 2025 às 14h02.

Última atualização em 6 de junho de 2025 às 14h53.

Após eliminar a polonesa Iga Swiatek na partida de ontem, 5, em Roland Garros, a bielorrussa Aryna Sabalenka, número 1 do mundo, disputará sua primeira final no torneio francês. Swiatek não perdia uma partida no Grand Slam francês desde 2021, a segunda sequência mais longa da história.

Sabalenka, que até agora havia parado nas semifinais do torneio, disputará sua sexta final de Grand Slam, a segunda consecutiva, em busca de seu quarto título, após os Abertos da Austrália de 2023 e 2024 e o dos Estados Unidos de 2024.

A final será entre Sabalenka e a americana Coco Gauff, segunda do mundo, finalista em Paris em 2022.

Sabalenka conquistou sua 40ª vitória do ano, jogará sua sétima final, um recorde desde que Serena Williams conseguiu essa marca em 2013, e já venceu três títulos: Brisbane, Miami e Madri.

Aryna Sabalenka: final em Roland Garros com a americana Coco Gauff (Robert Prange/Getty Images)

Torcida brasileira para a bielorrusa

Líder do ranking, carismática e badalada nas redes sociais, Sabalenka carrega uma legião de fãs ao redor do mundo. Só que a relação com o Brasil é a que chama mais atenção dentro e fora das quadras. Desde que começou a namorar o empresário grego-brasileiro Georgios Frangulis, em maio do ano passado, a tenista bielorrussa de 27 anos assumiu o posto de “queridinha” da torcida brasileira. Ela é questionada com frequência sobre suas afinidades com o país, já manifestou o desejo de vir para cá e, agora, tem até xingado em português.

"Eu estava muito curiosa para saber se teriam muitos brasileiros em Paris. Adoro receber amor e carinho da torcida, ver bandeiras e pessoas. Às vezes, xingo em português quando estou jogando. Parece muito bonito (risos). Elas (outras atletas) ficam impressionadas e até com ciúmes de todo apoio. 'Ah você tem muitos fãs...'. Sim, eu tenho a melhor torcida. Os brasileiros são os melhores. Nunca vi nada parecido. É o melhor sentimento do mundo", disse à ESPN Brasil.

Não é exagero dizer que um jogo da bielorrussa atrai a presença de bandeiras com as cores verde e amarela nas arquibancadas. Antes mesmo de Roland Garros, o tamanho da identificação da jogadora com o Brasil ficou evidente no WTA 1000 de Miami-EUA, onde há uma quantidade considerável de brasileiros. Após a conquista do título, ela arriscou duas palavras simbólicas em português para agradecer o apoio da torcida na campanha: “Te amo”.

Quem pode aprimorar o novo idioma da atleta é o namorado Georgios. Nascido e criado em São Paulo, o empresário é dono da Oakberry — rede no ramo de açaí presente em mais de 40 países e nos maiores torneios de tênis —, além de competir como piloto na Porsche Cup. Depois da morte do então namorado Konstantin Koltsov, aos 42 anos, em 2024, em decorrência de uma trombose, Sabalenka não esconde os momentos românticos e felizes ao lado do grego-brasileiro:

"Meu namorado continua me pedindo eu para ir ao Brasil. É difícil agendar, mas quero muito. Mesmo antes de conhecê-lo, eu já queria ir ao Rio. Vi fotos lindas. Também quero visitar São Paulo. Espero que agendemos isso este ano".

O WTA 250 do SP Open, em setembro, poderia ser uma oportunidade. Porém, o formato do circuito acaba inibindo a participação de tenistas top 10 em torneios deste nível, que precisam priorizar competições que distribuem mais pontos.

Bielorrussia versus Estados Unidos

A favorita da casa e embaixadora Rolex, Coco Gauff, retornará a Nova York para defender seu primeiro título de simples do Grand Slam (Divulgação/Rolex)

A final feminina deste sábado colocará frente a frente as duas primeiras do ranking, as que conquistaram mais vitórias nesta temporada, as que têm se mostrado mais ambiciosas.

Será a segunda final em Paris para Gauff e a primeira para Sabalenka. Também será o décimo primeiro duelo entre ambas, uma reedição da final de Madri das últimas semanas, onde a bielorrussa obteve sua quinta vitória contra a americana.

Não é tão comum que a número 1 e a número 2 disputem um Grand Slam. Em Paris, isso não acontecia desde que a americana Serena Williams derrotou a russa Maria Sharapova em 2013, e em um  Grand Slam, desde que a dinamarquesa Caroline Wozniacki venceu o Aberto da Austrália de 2018 contra a romena Simona Halep.

Sabalenka buscará seu quarto título de Grand Slam em sua sétima final, mais do que qualquer outra jogadora nesta década, uma a mais que Swiatek, a quem superou em uma partida em três sets, 7-6(1), 4-6 e 6-0. Essa foi a terceira derrota de Swiatek em Roland Garros, onde ela já venceu 40 partidas, 26 delas de forma consecutiva, série interrompida pela rival com quem disputa a hegemonia há anos, sem que até agora tivessem se enfrentado em Paris.

A bielorrussa demonstrou que chega em melhor forma, com o título em Madri, final em Stuttgart e quartas de final em Roma, mas com a clara intenção de adicionar Roland Garros ao seu currículo, que já conta com dois Abiertos da Austrália (2023 e 2024) e um dos Estados Unidos (2024).

Sabalenka buscará a coroa, assim como Gauff, que já sabe o que é jogar uma final em Paris, a que perdeu em 2022 contra Swiatek.

A jovem americana de 21 anos segue dando sinais de precocidade, em busca de seu segundo Grand Slam após o Aberto dos Estados Unidos de 2023.

Será sua terceira final consecutiva nos três maiores torneios de saibro, Madri, Roma e Roland Garros, buscando seu primeiro título do ano.

A americana tem mostrado um grande tênis, como fez logo de início contra a francesa Lois Boisson, que se tornou a primeira jogadora convidada pelos organizadores a alcançar uma semifinal de Grand Slam e com o ranking mais baixo, 361 do mundo, em 40 anos.

Gauff entrou em quadra com a lição bem aprendida sobre as principais armas da francesa, um forehand devastador e o apoio de um público que queria mais festa. Mas Sabalenka entrará em quadra no sábado com uma força extra verde e amarela.

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