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Critíco literário alemão morre aos 93 anos

O crítico literário alemão, de origem polonesa Marcel Reich-Ranicki, conhecido como papa da literatura alemã, morreu nesta quarta-feira aos 93 anos

Marcel Reich-Ranicki, conhecido como papa da literatura alemã: crítico, judeu e sobrevivente do gueto de Varsóvia, na Polônia, era um dos mais temidos por suscitar polêmicas (Getty Images)

Marcel Reich-Ranicki, conhecido como papa da literatura alemã: crítico, judeu e sobrevivente do gueto de Varsóvia, na Polônia, era um dos mais temidos por suscitar polêmicas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 13h19.

Berlim - O crítico literário alemão, de origem polonesa Marcel Reich-Ranicki, conhecido como papa da literatura alemã, morreu nesta quarta-feira aos 93 anos, informou o jornal "Frankfurter Allgemeine".

Editor durante alguns anos das páginas literárias da publicação, Reich-Ranicki alcançou notoriedade ao participar de um programa de televisão no país.

O crítico, judeu e sobrevivente do gueto de Varsóvia, na Polônia, era um dos mais temidos, por suscitar polêmicas, principalmente envolvendo escritores consagrados. Seus textos, por outro lado, impulsionaram a carreira de autores como o espanhol Javier Marías ou o holandês Cees Nooteboom.

Com alguns dos grandes nomes da literatura alemã, como Günter Grass e Martin Walser, Reich Ranicki teve relação controversa.

No lançamento de "O Tambor", livro que consagrou Grass, o crítico foi severo em uma resenha, se retratando depois. Depois de elogios em outras obras, houve rompimento definitivo depois da publicação de "Uma longa história". Reich-Ranicki escreveu na revista "Der Spiegel" que o texto era "ilegível" e ainda acusou Grass de minimizar a repressão na extinta Alemanha Oriental.

A polêmica aumentou ainda mais quando o crítico apareceu na capa da publicação em uma fotografia na qual demonstrava raiva ao rasgar a obra de Grass.

As críticas à obra de Martin Walser, por sua vez, afetaram tanto ao escritor que o levaram a escrever "Morte de um Crítico", na qual se imaginava a morte de um personagem claramente identificável como Reich-Ranicki.

Já consagrado como crítico literário, Reich-Ranicki escreveu sua autobiografia, chamada "Minha Vida".

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