Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Kirchner, decretou nesta sexta-feira dois dias de luto nacional pela morte do músico Gustavo Cerati, a quem qualificou como uma "lenda do rock nacional".

Cerati, que morreu na quinta-feira aos 55 anos após permanecer durante quatro anos em coma por conta de um acidente vascular cerebral em 2010 durante um show realizado em Caracas, "dedicou sua vida à atividade artística, destacando-se como um notável autor, compositor, guitarrista e cantor", segundo o decreto oficial.

O "impulso artístico" de Cerati "constituiu um selo distintivo de elegância e modernidade em todas suas produções", continua o decreto no qual são sublinhados os sucessos de sua carreira na Argentina e na América Latina.

Cerati, um dos roqueiros mais emblemáticos da Argentina, será velado durante toda noite no Parlamento portenho, onde se concentraram parentes, amigos e fãs do músico.

"É um momento muito especial. Não sabem o que é perder um filho, a dor que sinto é muito grande", disse Lilian Clark, a mãe de Gustavo Cerati, aos meios de comunicação locais ao partir desde sua casa rumo ao palácio da Legislatura.

No entanto, a família do músico não informou oficialmente sobre onde será sepultado os restos de Cerati, a imprensa local assegura que o enterro será na sexta-feira, em um cemitério privado.

Cerati, de 55 anos, morreu na manhã da quinta-feira "como consequência de uma parada respiratória", segundo um comunicado da clínica Alcla, onde estava internado desde outubro de 2010, depois de ter sofrido em maio desse ano um acidente vascular cerebral durante um show na Venezuela, que o deixou em um coma do qual nunca despertou.

Sua morte comoveu a Argentina e despertou todo tipo de expressões de pesar entre reconhecidos artistas da América Latina, região cujo panorama musical revolucionou nas últimas décadas pelas mãos de Soda Stereo e com seu também laureada trajetória como solista.