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Costa Rica bate Itália, se classifica e elimina ingleses

Com seis pontos, a Costa Rica está nas oitavas de final da Copa do Mundo pela segunda vez na sua história, repetindo o que fez em 1990, na Itália


	Costa Rica: costarriquenhos fizeram 1 a 0 na Itália nesta sexta, na Arena Pernambuco
 (Brian Snyder/Reuters)

Costa Rica: costarriquenhos fizeram 1 a 0 na Itália nesta sexta, na Arena Pernambuco (Brian Snyder/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 15h27.

São Paulo - Quando o Grupo D da Copa do Mundo foi sorteado com Inglaterra, Itália e Uruguai, três campeões mundiais, logo foi batizado como "grupo da morte".

Não imaginava-se, porém, que a denominação fosse se referir aos times que a Costa Rica mataria.

Depois de vencer o Uruguai na estreia, os costarriquenhos fizeram 1 a 0 na Itália, nesta sexta-feira, na Arena Pernambuco, no Recife, e com o resultado eliminaram os ingleses.

E a vitória foi incontestável, do time que mais procurou o gol e dominou a partida física e emocionalmente.

Com seis pontos, a Costa Rica está nas oitavas de final da Copa do Mundo pela segunda vez na sua história, repetindo o que fez em 1990, na Itália.

Na ocasião, venceu Escócia e Suécia e só perdeu para o Brasil na fase de grupos. Depois, nas oitavas, caiu diante da Checoslováquia.

Já a Itália fica em risco no Mundial e fará mais um jogo de vida ou morte daqui a apenas quatro dias, na terça, na Arena das Dunas, em Natal, novamente no ingrato horário das 13 horas, contra o Uruguai.

Pelo saldo de gols, joga pelo empate. Ao mesmo tempo, a Costa Rica pega a Inglaterra no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, precisando de um empate para ficar em primeiro no grupo e fugir de um possível confronto contra a Colômbia.

O JOGO - Com Abate e Buffon liberados pelo departamento médico, os dois voltaram ao time do técnico Cesare Prandelli, que também trocou Veratti por Thiago Motta.

Com as mudanças, a Itália deixava claro que não se importava em controlar a posse de bola, mas ser efetiva quando chegasse ao ataque.

Tanto é que, até os 25 minutos, a Costa Rica mandou na partida, chegando a ter 60% da posse de bola.

Mas, apesar de ter na velocidade a sua maior qualidade, o time centro-americano ameaçava mais pelo alto.

Em uma saída errada de Buffon, Duarte quase marcou de cabeça.

A Itália melhorou quando Pirlo voltou para buscar o jogo. Dos 27 aos 32 minutos, o craque criou três chances de gol para a Itália. Na primeira, Balotelli ajeitou para Thiago Motta, que errou no chute.

Na segunda, o atacante saiu na cara de Navas, tentou dar um tapa para encobrir o goleiro, mas errou a mira e perdeu gol feito. Em nova tentativa de Balotelli, o chute foi forte e Navas defendeu em dois tempos.

A mudança de postura do time italiano, entretanto, abriu espaço para a Costa Rica colocar a bola no chão e chegar à área adversária. Aos 35 minutos, Bolaños arriscou de longe e Buffon pegou no canto.

Aos 41, Duarte resvalou de cabeça, de costas, e mandou por cima do gol.

Um minuto depois, aos 42, lance polêmico. Chiellini errou na saída de bola, Campbell partiu no contra-ataque, invadiu a área e, quando cortava para dentro, para chutar, foi derrubado por Chiellini. Pênalti claro que o árbitro chileno Enrique Osses não marcou, para desespero do técnico Jorge Luis Pinto.

A justiça viria quase em seguida, aos 43 minutos. Díaz recebeu pela esquerda, Abate marcou mal e o costa-riquenho cruzou na cabeça de Ruiz. O cabeceio bateu no travessão, dentro do gol, e saiu.

Com a tecnologia da linha do gol, não houve como o chileno não apontar para o meio de campo e confirmar o gol da Costa Rica.

Para tentar a virada no segundo tempo, Prandelli tirou Thiago Motta e voltou do intervalo com Cassano no time. A Itália passou a comandar o jogo e deu trabalho a Navas duas vezes: em um chute alto de Darmian e em uma falta que Pirlo não conseguiu colocar tão perto da trave quanto queria.

Aos poucos, Navas mostrava porque foi eleito o melhor goleiro do Campeonato Espanhol pelo Levante.

Precisando pelo menos de um empate, Prandelli trocou Candreva por Insigne, deixando o time com três atacantes.

Com a torcida quase toda do lado da Costa Rica, o lado emocional começou a pesar para os italianos, principalmente para Balotelli, que seguidamente ficava em impedimento.

Além disso, Marchisio e Insigne tentavam resolver tudo sozinhos, ao ponto de o atacante tentar dar um voleio na meia-lua.

Durante toda metade final do segundo tempo, porém, a Itália não conseguiu ameaçar. Também, pudera, foram 11 impedimentos marcados durante a partida.

Do outro lado, a Costa Rica virava e mexia ficava mano a mano com Chiellini, primeiro com Campbell e depois com Ureña.

E ainda poderia ter feito o segundo em um chute que passou raspando a trave de Buffon ou em uma falta clara na entrada da área, que o árbitro não marcou.

FICHA TÉCNICA

ITÁLIA 0 x 1 COSTA RICA

ITÁLIA - Buffon; Abate, Barzagli, Chiellini e Darmian; Thiago Motta (Cassano), De Rossi, Pirlo, Marchisio (Cerci) e Candreva (Insigne); Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli.

COSTA RICA - Navas; Oscar Duarte, González e Umana; Gamboa, Borges, Tejeda (Cubero), Bolaños, Ruiz (Breñes) e Diaz; Campbell (Marco Ureña). Técnico: Jorge Luis Pinto.

GOL - Ruiz, aos 43 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Balotelli (Itália); Cubero (Costa Rica).

ÁRBITRO - Enrique Osses (Fifa/Chile).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 40.285 pessoas.

LOCAL - Arena Pernambuco, no Recife (PE).

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