Chapecoense (Buda Mendes/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de dezembro de 2016 às 08h51.
Última atualização em 31 de dezembro de 2016 às 08h52.
São Paulo - O mineiro Giovani dos Santos não era tão fanático por futebol até o mês passado. O gosto mudou porque, depois da tragédia aérea com a Chapecoense, a equipe catarinense ganhou a admiração do corredor, que sonha em dedicar a possível vitória na Corrida Internacional de São Silvestre, neste sábado (31), às 71 vítimas fatais do acidente com o clube.
"Neste ano em que tivemos uma perda muito grande com o fato que aconteceu com o time da Chapecoense. Quero poder amenizar essa dor. Chegando vou fazer uma homenagem a eles. Eu que não era torcedor de nenhum clube, agora vou ser torcedor da Chape", contou.
O corredor já é experiente, tem 35 anos, e fez a primeira homenagem para a Chapecoense no começo do mês, quando ganhou pela quinta vez a Volta da Pampulha, em Belo Horizonte. A prova foi realizada cinco dias após a queda do avião da equipe na Colômbia.
Antes de vir para São Paulo, Giovani comemorou os bons resultados da temporada com uma mudança no visual. O corredor, campeão em 2016 da Meia Maratona do Rio, pintou o cabelo de branco.
Nos últimos quatro anos o corredor sempre subiu ao pódio na São Silvestre e é o principal candidato do Brasil para vencer a prova. Desde 2010, com Marilson Gomes do Santos, um representante nacional não ganha a corrida masculina.
O jejum de vitórias é tema presente na preparação de Giovani. "Procuro ficar tranquilo e não me pressionar. Sempre tive um bom psicólogo, tenho um terapeuta que trabalha a minha mente. Quero ver se neste ano consigo dar alegrias aos brasileiros", afirmou.
O sonho de vitória na São Silvestre será uma forma de amenizar a decepção vivida em julho, quando se lesionou e ficou fora do Troféu Brasil de Atletismo. O problema fez Giovani perder a chance de disputar a vaga olímpica na prova dos 10 mil metros dos Jogos do Rio.