Dom Phillips: três suspeitos de assassinato já estão presos (Redes Sociais/Reprodução)
Agência O Globo
Publicado em 26 de junho de 2022 às 10h13.
Última atualização em 26 de junho de 2022 às 10h25.
O velório de Dom Phillips acontece na manhã deste domingo no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A cerimônia de despedida é restrita a familiares e amigos do jornalista britânico assassinado no Vale do Javari neste mês. A cremação do corpo está marcada para 12h.
Do lado de fora do cemitério, integrantes de movimentos sociais cobram a continuidade da apuração do assassinato. Com uma faixa estendida, eles perguntam "Quem mandou matar Dom e Bruno?".
Os corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips foram entregues às famílias pela Polícia Federal somente nesta quinta-feira, mais de duas semanas após seus desaparecimentos. Na manhã de sexta, Bruno foi enterrado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife (PE). O caixão foi coberto com bandeiras do estado de Pernambuco, do Sport - time de coração dele - e com uma camisa da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari. O velório contou com a presença de indígenas, como os xukurus, que realizaram rituais pela passagem de Bruno. Também houve pedidos de Justiça, e críticas à gestão do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo as investigações do caso, que já prenderam quatro suspeitos pelo crime, Dom e Bruno foram assassinados no Vale do Javari (AM), quando se dirigiam à cidade de Atalaia do Norte. A suspeita é de que as mortes foram cometidas por pescadores que se queixavam da atuação de Bruno Pereira em repressão à pesca ilegal na região, que sofre influência do narcotráfico.
Segundo laudo feito nos corpos, encontrados no dia 15 de junho, 10 dias após o desaparecimento de Dom e Bruno, os dois foram mortos a tiros, com munição de caça.