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Corpo de Danuza Leão será cremado no Cemitério do Caju

Jornalista, escritora e ex-modelo morreu nesta quarta-feira (22), aos 88 anos

Danuza Leão. (Oscar Cabral/EXAME.com/Divulgação)

Danuza Leão. (Oscar Cabral/EXAME.com/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de junho de 2022 às 09h21.

O corpo da jornalista, escritora e ex-modelo Danuza Leão será cremado no Cemitério do Caju, zona Norte do Rio de Janeiro. O dia e a hora ainda não foram confirmados pela família. Danuza morreu nesta quarta-feira (22), aos 88 anos. Ela estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio, onde tratava de problemas respiratórios.

Irmã da cantora e compositora Nara leão, acompanhou de perto o surgimento da bossa nova no apartamento de seus pais, o célebre 303 do edifício Palácio Champs Élysées, na Avenida Atlântica, em Copacabana.

Aos 20 anos, Danuza casou-se com o jornalista Samuel Wainer, o fundador do jornal Última Hora, que tinha o dobro de sua idade. O casal teve três filhos: a artista visual Pinky Wainer, o distribuidor cinematográfico Bruno Wainer e o jornalista Samuel Wainer Filho, que morreu em um acidente de carro em 1984, aos 29 anos. Danza era avó do ator Gabriel Wainer, do fotógrafo e cineasta João Wainer e da artista visual Rita Wainer.

Depois de Samuel Wainer, Danuza casou-se com o compositor e cronista Antônio Maria e com o jornalista Renato Machado. Após o estouro da onda Disco no Rio, ela tornou-se uma das maiores promoters da noite carioca, em boates como a Hippopotamus e a Regine's.

Foi colunista no Jornal do Brasil e na Folha de S. Paulo, antes de assinar uma coluna na Revista Ela, do Globo, entre 2017 e 2019. Autora de oito livros, como os best sellers "Na sala com Danuza" (1992) e "É tudo tão simples" (2011). A autobiografia "Quase Tudo" (2005) e "Fazendo as malas" (2008) lhe renderam o Prêmio Jabuti.

Danuza foi ainda jurada de programa de TV, entrevistadora, dona de butique e produtora de arte. Também colaborou em novelas da TV Globo e atuou no cinema, em filmes dirigidos pelo amigo Glauber Rocha, como o clássico do cinema novo "Terra em transe" (1967) e "A idade da Terra" (1980).

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