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Copa do Mundo de 2018 de A a Z

Pontos-chave para entender a Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia

Copa do Mundo 2018 na Rússia: já escutou a música oficial? (Maxim Shemetov/Reuters)

Copa do Mundo 2018 na Rússia: já escutou a música oficial? (Maxim Shemetov/Reuters)

E

EFE

Publicado em 9 de junho de 2018 às 09h34.

Última atualização em 13 de junho de 2018 às 10h15.

De A a Z, os pontos-chave para entender a Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia:

ALEMANHA: Campeã do mundo e grande favorita. Joachim Löw soube fazer a transição de gerações e, por enquanto, os campeões remanescentes de 2014 e a nova safra estão se entendendo bem. Foi a única seleção a se classificar vencendo todos os jogos das Eliminatórias e conquistou a Copa das Confederações no ano passado, mesmo poupando inúmeros titulares.

BOICOTE: A Rússia foi acusada de interferir nas eleições dos Estados Unidos e de países europeus, com ataques cibernéticos para influenciar a opinião pública, e de estar por trás do envenenamento do ex-agente duplo Sergei Skripal, em Londres. Países como o Reino Unido e a Islândia, então, propuseram um boicote diplomático ao torneio, que deverá ter menos autoridades governamentais do que em outras edições.

CRISTIANO RONALDO: Com 33 anos, Cristiano Ronaldo pode ter a última chance de brilhar em uma Copa do Mundo, único grande torneio que nunca conquistou. Com três gols no total, um em cada edição de que participou, o camisa 7 mais badalado da atualidade quer recuperar a imagem de Portugal no torneio, após a eliminação na primeira fase há quatro anos.

DINHEIRO: A Fifa quer que a Copa seja um bom negócio, também, para federações e clubes, e por isso aumentou a premiação em 40%, o que representa que serão divididos US$ 791 milhões (R$ 2,95 bilhões). O campeão levará US$ 38 milhões (R$ 141,6 milhões). Apenas pela participação, serão US$ 8 milhões (R$ 29,8 milhões). As equipes que cederem jogadores também serão pagas, assim como as que tiverem atletas lesionados.

ESTREANTES: Islândia e Panamá participarão pela primeira vez de uma Copa com expectativas muito distintas. Os escandinavos surpreenderam o mundo na última edição da Eurocopa, ao avançar até às quartas de final e ameaçam até a Argentina, no grupo D, que ainda tem Croácia e Nigéria. Os panamenhos, por outro lado, são "patinhos feios" no G, que tem Bélgica, Inglaterra e Tunísia.

FIFA: O primeiro Mundial após o fim da gestão de Joseph Blatter é um grande teste para Gianni Infantino, atual presidente da Fifa. O suíço vem tentando exibir uma cara nova da entidade, assolada por escândalos. A intenção é mostrar transparência, especialmente, na escolha da sede do torneio em 2026, que acontecerá em 13 de junho, entre Marrocos e a união de Estados Unidos, México e Canadá.

GRIEZMANN: A ambição do francês de estar no mesmo patamar de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi será colocada a prova na Copa. O jogador do Atlético de Madrid, que vem sendo cortejado pelo Barcelona, ficou a um passo da glória na Eurocopa, mas decepcionou no momento decisivo.

HOOLIGANS: Considerados a grande ameaça para a organização da Copa. Na Euro, brigas entre torcedores russos e ingleses semearam o caos em Marselha. Já há indícios de uma "aliança" entre hooligans do país-sede com argentinos para novas brigas com os seguidores do 'English Team'. O governo da Rússia já endureceu as leis por distúrbios violentos, com penas que vão de oito a 15 anos de prisão, além de multas que podem chegar a 20 mil euros (R$ 86,1 mil).

ISLÂNDIA: A seleção do país menos populoso da história das Copas (335 mil habitantes) é a segunda de quase todos os torcedores. Com simpatia e o ímpeto dos 'vikings', mostraram na Eurocopa que estão além de ser um time exótico, empatando com Portugal, de Cristiano Ronaldo, e eliminando a Inglatera. Agora, tentarão ampliar o feito, na estreia em Mundiais.

JOGO BONITO: Um sinônimo histórico de seleção brasileira, mas que anda esquecido nas últimas edições da Copa do Mundo. Após a derrota para a Alemanha por 7 a 1, há quatro anos, sob o comando de Tite, os pentacampeões deram a volta por cima e pretendem voltar a encantar o mundo com talentos individuais como Neymar, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus, que já provaram funcionar bem coletivamente.

KALININGRADO A EKATERIMBURGO: O país mais extenso do mundo será palco de um Mundial com sedes afastadas em mais de 3 mil quilômetros, distância que separa Kaliningrado e Ekaterimburgo. A seleção brasileira ficará concentrada em Sochi, e, de lá, viajará para jogar em Rostov, São Petersburgo e Moscou, tendo que percorrer mais de 7 mil quilômetros apenas na fase de grupos, algo equivalente ao deslocamento de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a Boa Vista, em Roraima.

LUZHNIKI: Palco do jogo de abertura e da final do torneio, construído no local onde estava o Estádio Central Lênin e que já recebeu os Jogos Olímpicos de 1980. Remodelada após o Campeonato Mundial de Atletismo, em 2013, por US$ 335 milhões (R$ 1,25 bilhão), a instalação, com capacidade para 80 mil pessoas, receberá sete jogos.

MESSI: "O futebol deve uma Copa a Messi", declarou o técnico da seleção argentina, Jorge Sampaoli. O camisa 10 mais famoso da atualidade disputará seu quarto Mundial, ainda mais pressionado, após o vice na última edição e também nas duas recentes Copas Américas, em 2015 e 2016. No revés mais recente, chegou a anunciar o adeus à 'Albiceleste', mas retornou e liderará mais uma vez os bicampeões.

NEYMAR: Agora com 26 anos e status de jogador mais caro do mundo, desembarcará mais forte na Rússia do que era em 2014, apesar da Copa ter sido disputada no Brasil. Recuperado de fratura no pé direito, sofrida em fevereiro, o camisa 10 da seleção teve período longo para enfocar apenas o Mundial e deverá chegar perto do 100% na Rússia.

OITAVAS INDESEJADAS: As seleções brasileira e alemã, caso confirmem as primeiras colocações dos grupos E e F, respectivamente, só se enfrentarão na final, mas, caso uma das duas vacile e termine em segundo lugar, poderá ser forçado um precoce reencontro, o primeiro em competições oficiais após a vitória dos atuais campeões por 7 a 1, na semifinal da última Copa.

PUTIN: Praticante de judô e esqui, o presidente da Rússia não gosta de futebol, mas tem se aproveitado bem da popularidade da Copa do Mundo. O torneio vai além de mostrar o país para investidores e turistas, mas tem sido usado como oportunidade de reafirmar políticas. O lendário enxadrista Gary Kasparov, inclusive, já intitulou a competição como o "Mundial de Putin" e sugeriu um boicote diplomático.

QUARTA SUBSTITUIÇÃO: Mudança menos badalada, diante da utilização do sistema de vídeo para auxiliar arbitragens, o VAR, a Copa do Mundo terá como um das novidades a utilização de uma quarta alteração de jogador, na prorrogação. A novidade já foi testada nos Jogos Olímpicos, no Mundial de Clubes e também ganhou aprovação da Uefa.

RÚSSIA X ARÁBIA: A abertura da Copa é sempre uma atração e já teve momentos históricos, como a vitória de Camarões sobre a Argentina, em 1990, além de duelos emocionantes, como África do Sul e México, em 2010. Desta vez, porém, o torneio começará com um jogo "com cara de 0 a 0" entre os anfitriões, que não empolgam nem a própria torcida, e uma das seleções mais frágeis desta edição do torneio.

SALAH: A grande sensação da temporada é o atacante egípcio do Liverpool, que acabou virando incógnita, ao se machucar no primeiro tempo da final da Liga dos Campeões. Contratado há cerca de um ano junto à Roma, Salah se tornou protagonista e pode ser capaz de levar o Egito além dos grupos, já que os rivais são Rússia, Arábia Saudita e Uruguai.

TELSTAR 18: A bola da Copa foi lançada com muito destaque, já que remonta aos tempos em que o objeto mais desejado do futebol era preto e branco. O colorido das últimas edições deu lugar a um design sóbrio, trazendo de volta um nome utilizado pela primeira vez em 1970, no Mundial do México. Bem antes do torneio, no entanto, já surgiram críticas ao modelo que será utilizado na Rússia, de goleiros como De Gea, Ter Stegen e Reina, que reclamaram de mudanças de características em voo. Contudo, essas alterações foram rechaçadas por pesquisas em laboratório.

URUGUAI: A geração liderada Luis Suárez, Edinson Cavani e Diego Godín pode ter a última chance de alcançar o título. É bem verdade que ícones locais como Álvaro Pereira, Arévalo Ríos, Diego Forlán, entre outros, já estão fora, por isso, os "trintões" da 'Celeste' contam com a companhia de promissores jovens, como José María Giménez, Rodrigo Bentancur, Nahitan Nández e Maxi Gómez.

VAR: Possível grande protagonista do futebol, já que o sistema de vídeo ainda é controverso. A Copa da Rússia será a primeira com árbitros sendo amparados pelas imagens. Cinco situações serão analisadas: erros manifestos, infração que invalidaria gol, verificação de pênaltis, aplicação de cartões vermelhos e identificação de jogadores a serem advertidos.

WADA: O confronto entre a Agência Mundial Antidopagem (Wada) com as autoridades da Rússia marcou boa parte da preparação da Copa e deve continuar. Tudo porque a entidade garantiu que houve sistema de doping patrocinada pelo Estado, durante os Jogos Olímpicos de Inverno, disputados em Sochi, em 2014. Como o laboratório de Moscou está sem autorização para funcionar, os exames do Mundial serão realizados em Lausanne, na Suíça.

XODÓ: Quatro anos depois de postar imagem nas redes sociais, em que pintava as ruas com o verde e amarelo da seleção brasileira, às vésperas da Copa, Gabriel Jesus desembarcará na Rússia como titular da equipe de Tite e forte candidato na disputa do prêmio de revelação do torneio. Outros que estão na briga são os franceses Kylian Mbappé e Ousmane Dembélé, o inglês Marcus Rashford e o português Gonçalo Guedes.

YASHIN: Falar de futebol na Rússia é falar de Lev Yashin, o 'Aranha Negra'. Trata-se do único goleiro na história que ganhou uma Bola de Ouro da revista France Football. O ex-jogador é uma instituição no país que sediará a Copa, tanto que uma imagem dele fazendo uma defesa virou um dos pôsteres do Mundial.

ZABIVAKA: O lobo venceu eleição com meio milhões de russos para ser o mascote da Copa do Mundo, desbancando o grande favorito da disputa, o tigre siberiano. O símbolo, sempre força comercial, foi batizado com expressão que significa "aquele que marca o gol".

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