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Consegue esperar? O vinho que é para ser degustado daqui a 50 anos

Quando se fala em vinhos com potencial de envelhecimento, o La Parcelle 8 2020, da vinícola chilena Lapostolle, é um exemplo

Lapostolle La Parcelle 8: vinho para ser degustado daqui a 50 anos.  (Divulgação/Divulgação)

Lapostolle La Parcelle 8: vinho para ser degustado daqui a 50 anos. (Divulgação/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 26 de junho de 2025 às 18h13.

Última atualização em 26 de junho de 2025 às 18h36.

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Em tempos de velocidade e gratificação instantânea, onde podemos ter praticamente tudo ao alcance de um clique, há algo que nos desafia a desacelerar: o vinho. A bebida de Baco, ao contrário de tudo que gira em torno de nossa rotina apressada, exige paciência, sabedoria e, acima de tudo, tempo. A frase da baronesa Philippine de Rothschild, herdeira do icônico Château Mouton-Rothschild, resume perfeitamente essa ideia: “Fazer vinho é fácil, só os 200 primeiros anos é que são difíceis”.

Agora, imagine o exercício de comprar uma garrafa de vinho hoje e saber que será preciso esperar 50 anos para saboreá-lo. Parece difícil, não? Porém, é justamente esse esforço que promete uma recompensa única: uma experiência sensorial inigualável, com um dos melhores vinhos do mundo. Quando se fala em vinhos com potencial de envelhecimento, o La Parcelle 8 safra 2020, da vinícola chilena Lapostolle, é um exemplo perfeito.

Charles de Bournet, sétima geração da família Bournet-Lapostolle e diretor-geral da vinícola, afirma: “É um vinho para tomar daqui a 50 anos. Tem muito potencial de guarda.” A frase foi dita por ele durante um almoço promovido pela importadora Mistral para falar dos rótulos da vinícola em São Paulo.

E para ser um vinho de guarda, ele precisa de um cuidado especial em sua elaboração. A vinícola utiliza uvas de vinhedos plantados em 1907, o que torna o La Parcelle 8 ainda mais especial. Além disso, o uso de barricas é fundamental para o amadurecimento do vinho. “A madeira é proposital para envelhecer bem,” explica Bournet, referindo-se ao processo que confere ao vinho a robustez necessária para resistir ao teste do tempo.

Elaborado 100% com a emblemática uva Cabernet Sauvignon, um dos maiores símbolos dos vinhos chilenos, o La Parcelle 8 2020 tem sua origem no famoso vinhedo Clos Apalta, no Vale de Apalta. Este terroir é considerado um dos melhores do Chile e confere ao vinho elegância, complexidade marcante e estrutura sólida, que o tornam ideal para longos períodos de envelhecimento.

A safra 2020 foi premiada com 99 pontos por James Suckling, um dos mais respeitados críticos de vinhos do mundo. O rótulo chega ao Brasil pelo valor de R$ 2.132,14.

Mercado brasileiro

O Brasil tem se consolidado como um mercado importante para os vinhos da Lapostolle. A vinícola, que possui vinhedos em três diferentes regiões do Chile, já tem o Brasil entre os cinco principais países consumidores de seus rótulos.

“Quando se fala em enoturismo, o brasileiro é o número 1,” destaca Bournet. A vinícola oferece a seus visitantes experiências exclusivas, incluindo acomodações na propriedade, que, como o próprio enólogo descreve, “na verdade, é a casa da família em que conseguimos acomodar os hóspedes com muito conforto.”

Com uma produção anual de 1,2 milhão de garrafas, além do La Parcelle 8, a Lapostolle possui outros 15 rótulos em seu portfólio, todos importados pela Mistral para o mercado brasileiro, com preços que variam a partir de R$ 212,65.

Vinho, tempo e memórias

Em um mundo onde tudo acontece rapidamente, a proposta de esperar décadas para degustar um vinho parece quase poética. Mas, como o próprio Bournet diz, o Lapostolle La Parcelle 8 tem algo de excepcional. Seu potencial de envelhecimento promete, quando o momento certo chegar, uma experiência única. A paciência de esperar é, sem dúvida, a chave para apreciar o melhor que o vinho pode oferecer.

E para garantir que ele chegue até 2075 impecável, é fundamental ter uma adega com controle de temperatura e umidade. Depois disso, é só degustar e aproveitar a experiência.

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