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Conheça os primeiros biocosméticos da Vênus com Claudia Leitte como CCO

Claudia Leitte é a nova executiva da empresa de bens de consumo Vênus, fundada por Tarek Farahat, ex-P&G

A cantora Claudia Leitte (Tainá Bernard/Divulgação)

A cantora Claudia Leitte (Tainá Bernard/Divulgação)

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Daniel Salles

Publicado em 13 de fevereiro de 2021 às 06h00.

Está programada para este semestre o lançamento no varejo on-line da primeira linha vegana de cuidados pessoais desenvolvida pela Vênus em parceria com a cantora Claudia Leitte. 

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E não se trata de uma associação qualquer. São os primeiros lançamentos da Yourself, marca incorporada à empresa e cujos produtos levam o crivo da artista sobre o que vai para a prateleira e toda sua comunicação.

É que além da vida sentada nos tronos do axé e do reality “The Voice Brasil”, da TV Globo, desde outubro passado ela senta na cadeira de CCO (Chief Communications Officer) e sócia do ex-P&G, Tarek Farahat, na empresa fundada por ele.

Os sócios da Vênus adiantam, sem especificar a data oficial de lançamento, que a primeira leva de biocosméticos será de cremes para o rosto, e, na sequência, uma outra de cuidados para o corpo entrará no mercado. Os últimos meses têm sido de aprovação e finalização do projeto.

Segundo Farahat, a distribuição dos produtos em supermercados e lojas especializadas não será imediata, porque a ideia é testar a recepção da marca por meio dos canais digitais. Para ele, este "é o momento ideal para startups".

“A mulher brasileira gasta uma hora por dia com a rotina de beleza. Combinado a isso, a internet abriu caminho para que marcas menores chegassem às pessoas com um investimento bem menor do que o exigido em lançamentos de grandes empresas, mais caros de desenvolver pela estrutura complexa de custos envolvida”, explica o empresário.

Para quem já teve sob seu guarda-chuva medalhões como Gillette, Pantene e Always, essa última responsável por seu encontro com a cantora quando ela protagonizou campanhas para a marca de absorventes da P&G, o desafio será tornar os produtos essenciais na vida das pessoas.

“Se uma marca não tem personalidade, em um mês o consumidor esquece. É sobre isso também que estamos falando. Assistimos a um apresentador falar de uma marca e mudar o foco em poucos segundos. O que chamamos de 'merchandising', hoje, é complicado, porque as pessoas não acreditam mais. Elas querem experiências reais” explica Farahat.

O risco que Claudia Leitte assume ao botar esse novo bloco na rua, ela conta, carrega “o mesmo frio na barriga” de quando podia colocar um outro, o Largadinho, nas ruas de Salvador durante o Carnaval, que neste ano foi interditado pela pandemia.

Tarek Farahat, ex-P&G (Tainá Bernard/Divulgação)

Enquanto não consegue colocar em prática o projeto de levar seu trio para Miami (EUA), onde mora com a família, escolheu também correr o risco –nem tão arriscado assim, é verdade– de se jogar em uma live de Carnaval ao lado da conterrânea Ivete Sangalo.

Entre os 15 patrocinadores de O Trio, como foi batizado o projeto a ser exibido no próximo sábado (13) nas plataformas digitais das cantoras e no canal pago Multishow, está a Pam Pam, marca de bloqueadores de odor sanitário da Vênus que marcou a entrada de Leitte na empresa.

“Tudo é um risco. Sinto a mesma responsabilidade de quando fazia 18 shows em 20 dias, ou quando me pendurei num guincho para cantar no meio da avenida. Tudo se trata de fé e equipe, de escolher correr o risco com as pessoas certas e não deixar de lado o ‘feeling’ por nada nesse mundo”, diz ela.

O dela foi ter reconhecido que, em tempos de redes sociais, não se separa mais as vidas profissional e pessoal, porque cada vez mais a transparência pauta as relações dos ídolos com o público.

Por isso, conta, apostou na sociedade com a Vênus, porque os “produtos impactam de forma positiva o público e o planeta, porque não agridem o ambiente nem são testados em animais”.

Ela sabe que a onda sem precedentes, de celebridades assumindo cargos executivos em grandes empresas, tem a ver com a força das redes sociais em influenciar o comportamento da audiência, e que, por isso, coloca na balança o que seus 22 milhões de seguidores no Instagram devem receber.

“Parece clichê, mas as pessoas não estão se preocupando com o que colocam ali. Não se pode fazer tudo, mas sim aquilo que tem importância e valor. Não podemos nos vender a qualquer preço, porque o que parece uma grande oportunidade por algo tangível [o dinheiro], pode ser um tapa buraco que fará você perder algo lá na frente”, explica Leitte.

Para ela, as pessoas andam perdendo a mão nas redes, porque “as circunstâncias estão suprimindo os valores”. “Não são ferramentas simples de serem usadas. Na verdade, elas se tratam mais de influenciar a si próprio, de se policiar e ter responsabilidade com suas atitudes.”

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