Bruno Gagliasso e sua vodca, a Voa (Thiago Jenne/Reprodução)
Daniel Salles
Publicado em 11 de março de 2021 às 10h16.
Última atualização em 12 de março de 2021 às 17h52.
Para George Clooney e Ryan Reynolds deu mais do que certo. O primeiro criou meio de farra, em 2013, em conjunto com Mike Meldman e Rande Gerber – o marido da Cindy Crawford –, a tequila Casamigos. Com a fama emprestada do ex-Batman, a bebida mexicana caiu nas graças dos descolados de Nova York e despertou o interesse da Diageo, que a arrematou, em 2017, por 1 bilhão de dólares. Para Reynolds, que interpreta o debochado Deadpool, o retorno veio ainda mais rápido. Em 2018, ele abocanhou uma fatia significativa do gim americano Aviation – vendido, dois anos depois, para a mesma Diageo, por 610 milhões de dólares.
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Embriagado com os dois cases, o empresário Mário Bulhões decidiu apostar na mesma fórmula, associando sua vodca, a VOA, a uma celebridade. Fundada por ele em 2019, a bebida tem o ator Bruno Gagliasso como sócio desde dezembro passado. “Acredito em produtos que têm alma”, diz o ator, amigo de longa data de Bulhões. “Fico feliz em doar um pouco da minha essência a uma bebida brasileira, feita com o nosso talento”.
“Com o Bruno como investidor e embaixador, a VOA entra em uma fase de maior projeção”, diz Bulhões, lembrando em seguida que o ator Dwayne Johnson, o The Rock, também tem uma bebida para chamar de sua, a tequila Teramana. “Nosso foco até aqui foi provar que uma vodca nacional pode ombrear com as melhores de fora do país”. Ele sustenta que o destilado não está em baixa, apesar de todo mundo só falar em gim, e lembra, com alguma razão, que se trata do que menos interfere no sabor dos coquetéis.
Vendida a 99,90 reais, a VOA é produzida com álcool proveniente de milho colhido no interior do Rio Grande do Norte. A destilação envolve seis etapas, que conferem alto grau de pureza à bebida. Foram vendidas, até aqui, 30.000 garrafas e a meta para 2021 é comercializar outras 100.000 – os valores investidos não são divulgados. Perguntado se o objetivo final é despertar o interesse da Diageo, Bulhões desconversa: “O foco agora é estabelecer a marca. O que pode acontecer depois não dá para prever. Mas, se a Diageo bater na nossa porta, ficaremos honrados, sem dúvida”.
Papel de empreendedor
Conheça alguns dos negócios nos quais Gagliasso se envolveu
Maria Bonita e Maria Flor
As duas pousadas, ambas em Fernando de Noronha, viraram as preferidas das celebridades, em especial no réveillon.
CredPago
Fundada em 2016, a startup facilita a burocracia envolvida no aluguel de imóveis.
+55 Group
O ator deixou a sociedade da empresa, que controla as redes Burger Joint e Bagatelle no Brasil, entre outras.
Le Manjue
Gagliasso também foi sócio do restaurante do chef Renato Caleffi, focado em comida saudável e orgânica. Seu único negócio na área hoje é a Forneria Gagliasso, na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro).