Encontro: painéis debaterão versões impressas e digitais, passando por diversas áreas do negócio (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2014 às 11h39.
São Paulo - Cerca de 600 profissionais ligados aos meios de comunicação se reunirão nesta segunda-feira, 18, e amanhã, em São Paulo, no que é tido como o mais importante evento do ano para a indústria jornalística do país: o 10.º Congresso Brasileiro de Jornais.
Entre seus 14 eventos, o encontro, organizado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), terá palestrantes ilustres como o francês Jean-Marie Dru, presidente da rede de agências TBWA (hoje) e o analista de mídia americano Ken Doctor, criador da Newsonomics, um conjunto de estratégias de comunicação para a era digital (amanhã, às 11h30).
O presidente da ANJ, Carlos Lindenberg Neto, abre o evento de manhã, cujo tema central deixa clara a intenção dos organizadores: "Ruptura, Inovação e Avanço".
Em seguida, Dru aprofunda esse assunto na palestra "Inovar para Avançar". Nela, o executivo francês retoma fórmulas que ele próprio implantou na TBWA, com grande impacto no mundo publicitário em diversos países.
Daí por diante, os painéis debaterão tanto as versões impressas - o papel é considerado o pilar da credibilidade - quanto as digitais, passando pelas áreas de redação, operações, tecnologia, comercial, marketing, gestão de pessoas, jurídico, circulação e distribuição.
Executivos também falarão sobre "ações para o reposicionamento dos jornais brasileiros ante o mercado".
Em outro encontro se discutirá "a relação de agências com anunciantes". A busca de novos enfoques estará presente também em temas como "inovações nas práticas de relacionamento com o leitor e na venda de produtos digitais" e "novos modelos de organização de redação".
O congresso prevê a entrega, amanhã, do Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa à advogada colombiana Catalina Botero, por seus seis anos à frente da Relatoria Especial de Liberdade de Expressão, dentro da Comissão Interamericano de Direitos Humanos.
Nesse cargo, a advogada colombiana se destacou pela defesa dos direitos humanos no continente e por resistir às pressões feitas por alguns governos, especialmente do Equador e da Venezuela, para cortar os financiamentos à Relatoria e esvaziar sua ação pelos direitos humanos.
Outra homenagem será feita, logo após, aos jornalistas Ruy Mesquita, do Grupo Estado, e Roberto Civita, do Grupo Abril, falecidos em maio do ano passado, por suas contribuições à liberdade de expressão. No final do programa de hoje, a diretoria da ANJ se reunirá para eleger o novo presidente para os próximos dois anos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.