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Para comprar uma Ferrari não basta ser rico, existem regras rígidas

Uma conta bancária adequada não é suficiente para adquirir uma Ferrari. Saiba quais são os requisitos seguidos pelos principais colecionadores

Ferrari: Quais são as regras seguidas pelos colecionadores para ter acesso às edições limitadas (Cesar Soto/Getty Images)

Ferrari: Quais são as regras seguidas pelos colecionadores para ter acesso às edições limitadas (Cesar Soto/Getty Images)

A Ferrari voltou ao centro dos holofotes esse mês.

Após ter informado que o cantor Justin Bieber não poderia mais comprar carros da marca, a Ferrari supostamente também proibiu a inteira família Kardashian e o lutador Floyd Mayweather de fazer o mesmo.

Essas notícias levantaram debates entre os proprietários de Ferrari. Demonstrando que não basta ter dinheiro para comprar um carro da marca.

De fato, um alto potencial aquisitivo não é o único fator que permite um aspirante cliente de obter uma Ferrari.

Pelo menos no que diz respeito aos modelos de edição limitada e mais exclusivos da casa italiana.

Esta política quase sempre se aplica ao modelo clássico "Maranello", com o objetivo de preservar o prestígio do carro ao longo do tempo e mantê-lo como uma obra de arte com um valor milionário.

Fidelidade em primeiro lugar

O modelo utilizado pela Ferrari para escolher os clientes de seus modelos mais exclusivos segue um método semelhante a um programa de fidelidade.

Ele se baseia em premiar os proprietários mais fiéis da marca, que não são necessariamente os que mais gastam.

Para ter acesso aos modelos mais luxuosos é preciso já possuir um bom número de Ferraris na garagem.

Possivelmente de alto valor colecionável, sem alterações ou outros tipos de adereços.

As condições dos exemplares já possuídos, a frequência de compra, a fidelidade de comprador e o relacionamento com a empresa são algumas das condições necessárias pra pertencer ao clube dos clientes perfeitos.

Recorrência na compra de Ferrari

Um exemplo é mostrado no caso de que, de todos os clientes que compraram o Monza SP1 ou SP2, limitado em 499 exemplares desde 2018, grande parte deles também viraram proprietários do Daytona SP3.

Quando se trata de preços, um Monza SP1 ou SP2 representa um gasto de pelo menos 1,6 milhão de euro (cerca de R$ 8,8 milhões).

Já para o último Daytona SP3 o gasto subiu pra 2 milhões de euro.

Os carros são produzidos com o conta-gotas. Muitas vezes o número de exemplares oferecidos em séries limitadas é igual ou muito próximo do número de possíveis compradores.

Todos os carros são construídos "sob medida" e todos os modelos são vendidos antes mesmo de serem produzidos.

Para os clientes insatisfeitos com a aquisição milionária, a Ferrari pede para revender o carro diretamente para a concessionária onde foi adquirido.

Assim a concessionária poderá comunicar a um dos possíveis clientes que tinha sido negado a disponibilidade do modelo de Ferrari pretendido.

Nada de colocar o veículo à venda na Internet ou em anúncios.

Além disso, a Ferrari proíbe expressamente a especulação sobre o valor do veículo.

Caso um cliente seja flagrado fazendo isso, vai ser colocado na lista de proibição de compra de novos modelos.

Além disso, está estritamente proibido realizar alterações de qualquer tipo no veículo.

Caso a Ferrari seja modificada sem a autorização explícita da casa italiana, o proprietário também vai ser banido.

Em suma, não basta ter dinheiro para ter uma Ferrari na garagem. As regras valem para todos.

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