Casual

Como não consumir gordura trans por engano?

Estratégia da indústria de alimentação pode levar o consumidor a cometer enganos. Por isso, é preciso estar atento aos rótulos dos produtos


	Coração: gordura trans vai entrar na lista de produtos “não reconhecidos como seguros para saúde” da agência sanitária dos Estados Unidos
 (Wikimedia Commons)

Coração: gordura trans vai entrar na lista de produtos “não reconhecidos como seguros para saúde” da agência sanitária dos Estados Unidos (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 13h20.

São Paulo - A gordura trans vai entrar na lista de produtos “não reconhecidos como seguros para saúde” da agência sanitária dos Estados Unidos (FDA). Estima-se que, com esta medida, sejam evitados 20 mil infartos e 7 mil mortes por doenças do coração a cada ano nos Estados Unidos.

Analisando esses números fica mais fácil dimensionar o mal que a gordura trans provoca no organismo. A professora e nutricionista Luciana Setaro afirma que: “A gordura trans é produzida pelo processo de hidrogenação. Por isso, o consumo contribui para o aumento do LDL (colesterol ruim) e diminuição do HDL (colesterol bom) no sangue. Ela também provoca o aumento da gordura abdominal, levando à síndrome metabólica, um conjunto de doenças graves como: diabetes, pressão alta, aumento do LDL e triglicérides. O aumento da gordura no sangue pode formar placas de ateroma nas artérias, aumentando as chances de AVE (Acidente Vascular Encefálico) e infarto agudo do miocárdio”.

A gordura trans foi adotada pelas indústrias de alimentos na década de 50, para aumentar a durabilidade do produto na prateleira, ou seja, a conservação dos alimentos e também aumentar o sabor e deixá-los crocantes.

No Brasil, desde 2000, diferentes esforços têm contribuído para reduzir a gordura trans nos alimentos industrializados, porém, a professora Luciana faz um alerta. “É importante checar os rótulos dos alimentos, pois muitas vezes apresentam informações que não condizem com a realidade, como trazer a tabela nutricional por porção, e creditar como zero gordura trans porém, quando consumido 100g há muita gordura trans”, afirma.

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o alimento que tiver quantidade menor ou igual a 0,2 g de gordura trans pode ser caracterizado como “zero trans”. Nos mercados é possível encontrar alimentos denominados “trans free”, como biscoitos, margarinas e sorvetes, mas é importante checar o rótulo para conferir, pois, nem sempre há destaques na embalagem.

Acompanhe tudo sobre:DoençasDoenças do coraçãoSaúde

Mais de Casual

8 restaurantes brasileiros estão na lista estendida dos melhores da América Latina; veja ranking

Novos cardápios, cartas de drinques e restaurantes para aproveitar o feriado em São Paulo

A Burberry tem um plano para reverter queda de vendas de 20%. Entenda

Bernard Arnault transfere o filho Alexandre para a divisão de vinhos e destilados do grupo LVMH