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Como é o Mercedes de R$ 1,7 milhão lançado em evento com jato executivo de US$ 90 milhões

Organizado pela NürnbergMesse Brasil em parceria com a JHSF, o Catarina Aviation Show terminou neste sábado, 15, e era aberto apenas para convidados

Mercedes AMG GT 63 S E Performance: cupê alemão (Divulgação/Divulgação)

Mercedes AMG GT 63 S E Performance: cupê alemão (Divulgação/Divulgação)

Rodrigo Mora
Rodrigo Mora

Repórter de automobilismo

Publicado em 17 de junho de 2024 às 15h42.

Última atualização em 17 de junho de 2024 às 16h22.

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O primeiro Gulfstream G700 que aterrissou no Brasil já tem dono. Três, na verdade: adquirido pela Prime You, o último lançamento da fabricante americana será compartilhado entre três cotistas, cada um desembolsando cerca de US$ 30 milhões para ter à sua disposição o mesmo jato encomendado por Elon Musk, um dos cinco homens mais ricos do mundo.

É esse tipo de consumidor que a Mercedes quer que desça do G700 e sente-se no banco do motorista do AMG GT 63 S E Performance, um cupê de quatro portas que parte de quase R$ 1,7 milhão lançado na terceira edição do Catarina Aviation Show – onde o jato da Gulfstream, assim como o superesportivo alemão, apareceu pela primeira vez no Brasil.

Organizado pela NürnbergMesse Brasil em parceria com a JHSF, o evento terminou neste sábado, 15, no São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional, em São Roque, a poucos quilômetros de São Paulo, e foi exclusivo para convidados.

“Aqui temos a oportunidade de estar onde este tipo de produto realmente conversa com o público visitante”, justifica Evandro Bastos, head de produto automóveis da Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil.

Para Alessandra Souza, head de marketing da empresa, “experiência” é a palavra-chave do mercado de luxo atualmente. “Esse cliente pode comprar tudo, então oferecer uma experiência marcante pode ser um diferencial”, argumenta.

Como o evento foi realizado no Catarina Aeroporto Executivo Internacional, a mesma pista que jatos como Gulfstream G280, Bombardier Challenger 3500 e Embraer Phenom 300E – outras aeronaves presentes – usam para decolar e aterrissar, o Mercedes-AMG GT 63 S E Performance usou para mostrar do que seus 843 cavalos de potência e 150 kgfm são capazes. Tamanha força é fruto de um sistema híbrido que combina um motor 4.0 V8 biturbo, um motor elétrico e uma bateria que tem raízes na Fórmula 1.

De zero a 100 em 2,9 segundos

Com um instrutor sentado no banco do passageiro, o convidado era orientado a alinhar as rodas dianteiras de 21 polegadas entre dois cones. “Quando estiver pronto, pode afundar o pé no acelerador”, diz o instrutor. Três segundos e 500 milésimos depois, os 100 km/h ficaram para trás, mas um ronco encorpado e uma pressão nos olhos e no estômago ainda nos acompanham. Freamos a cerca de 170 km/h para fazer o retorno e repetir a manobra.

Agora com a função “Race Start” acionada, pisa-se no freio com o pé esquerdo e com o direito o intuito é esmagar o acelerador contra o assoalho. Um escândalo visual no painel avisa que é hora de liberar o freio e aquele carro de mais de 5 metros de comprimento e 2.380 kg dispara. O tempo de aceleração até os 100 km/h então cai para 3,2 segundos, pouco acima dos absurdos 2,9 segundos declarados pela montadora. Os olhos parecem querer saltar do globo e uma mistura de euforia e assombro dominam o resto do corpo.

Depois que a adrenalina baixa, o convidado era levado ao estande da marca dentro de um dos hangares do Catarina Aviation Show para conhecer outros atributos do AMG GT 63 S E Performance, que tem de luxuoso o que tem de rápido.

Mercedes AMG GT 63 S E Performance. (Divulgação/Divulgação)

Interior luxuoso

Destacam-se o acabamento interno em carbono, os assentos dianteiros com ajuste elétrico (para o apoio lombar inclusive) e memória, a iluminação ambiente de 64 cores, o sistema de som Burmester Surround e as telas multimídia, sendo a do motorista em 3D e a central de 17,7 polegadas. Fora o espaço interno, garantido principalmente pelos 2,95 metros de entre-eixos.

Mas, se o futuro dono deste Mercedes desejar o nível de exclusividade compatível com o que é ter um jato executivo, sem problemas. “A customização ao extremo é tendência do mercado de luxo. Não deixamos esse carro em estoque porque sabemos que 99% dos clientes encomendam o carro com alguma personalização”, avisa Bastos.

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