Christine Lagarde, chefe do Banco Central Europeu, é um dos símbolos do "silver power" (Philipp von Ditfurth/picture alliance/Getty Images)
Repórter colaborador
Publicado em 19 de novembro de 2024 às 07h02.
As mulheres francesas mais velhas estão se livrando, aos poucos, de antigas normais sociais a respeito de feminilidade e envelhecimento.
Segundo a revista The Economist, jornalistas como Valérie Trierweiler, ex-parceira do ex-presidente François Hollande, e Constance Vergara, fizeram um verdadeiro manifesto pelas mulheres solteiras na faixa dos 50 anos.
"Tenho mais rugas", diz Trierweiler, 59 anos, "mas ainda é possível ser atraente".
Outro livro argumenta que mulheres na faixa dos 60, livres do "peso" do olhar dos outros, estão em sua idade mais liberada.
As mulheres na França há muito tempo são questionadas entre teorias feministas do pós-guerra de seu país ("desafie o patriarcado") e a objetificação servida por sua cultura cinematográfica e de moda.
Rugas já puderam destruir uma carreira pública. Hoje, muitas mulheres francesas mais velhas estão redefinindo a estética do envelhecimento. Elisabeth Borne, uma ex-primeira-ministra de 63 anos, e Christine Lagarde, a chefe do Banco Central Europeu de 68 anos, personificam o "silver power"- cabelos grisalhos ou brancos estilosos, ressaltando a importância de permanecer com a cor natural.
Uma pesquisa recente apontou que 24% dos franceses de 25 a 34 anos passaram por uma cirurgia plástica ou uma injeção estética; para os de 55 a 64 anos, o número foi de apenas 13%.
Aos 61 anos, Philippine Leroy-Beaulieu, a estrela francesa do sucesso da Netflix “Emily in Paris”, fez fotos sensuais em um vestido azul-escuro translúcido. Ele mostrou, disseram os críticos, que mesmo na França você pode ser sexy aos 60. Além de ter as melhores falas no seriado.