Neymar conversa ao retornar à Granja Comary, em Teresópolis (Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2014 às 18h50.
Teresópolis - "Começamos juntos e vamos terminar juntos". Foi dessa maneira que o atacante Neymar justificou seu retorno à Granja Comary na tarde desta quinta-feira para se reunir novamente ao grupo da seleção brasileira.
Ainda em recuperação da fratura na terceira vértebra, consequência da joelhada que recebeu de Zuñiga no jogo com a Colômbia, ele chegou caminhando com alguma dificuldade e estava com expressão um pouco abatida, mas se disse feliz por ter voltado ao convívio com os companheiros.
"Eu estou muito feliz por ter voltado a encontrar os companheiros. Claro que numa situação ruim, mas só de eu ter oportunidade de estar andando e revendo os companheiros", disse Neymar, em entrevista coletiva já no começo da noite desta quinta-feira em Teresópolis (RJ).
"Disse a eles (os outros jogadores da seleção): 'A gente começou junto e vamos terminar juntos'. Se conseguiram o título ou não, o que importa é que estamos unidos."
Neymar admitiu que a derrota por 7 a 1 da seleção no jogo com a Alemanha, pela semifinal da Copa, pode ser considerada como fracasso. Mas também acha que, agora, o melhor a fazer é olhar adiante.
"Espero daqui para frente que a gente seja alegre como sempre. Não é por causa de uma derrota histórica que a gente tem de abaixar a cabeça. Faz parte do futebol. A gente está dentro de campo para ganhar ou perder", afirmou o astro de 22 anos.
Sincero, ele afirmou não ter explicação para o que aconteceu na última terça-feira no Mineirão, quando o Brasil sofreu uma derrota histórica - ele assistiu ao jogo pela tevê, na sua casa no Guarujá, no litoral paulista.
"Foi uma coisa inacreditável, inexplicável. Eu não consigo explicar. Foi um apagão da nossa equipe e fica difícil reverter. Eu já passei por isso e, quando ocorre um apagão dentro de campo, você só tem de torcer para que acenda a luz rápido. Se quem estava em campo não consegue explicar, quem sou eu para explicar?", disse.
Neymar não concorda totalmente com a tese de que, se ele estivesse em campo, a história da partida com a Alemanha seria diferente: "Não tem se. É muito fácil falar depois que as coisas acontecem".