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Começa hoje 1º festival de literatura indígena em Porto Seguro

O evento ocorre na vila de Caraíva, distrito de Porto Seguro (BA), e reúne oito autores, de seis etnias

As atividades são gratuitas e abertas a moradores e visitantes. (Viorika/Getty Images)

As atividades são gratuitas e abertas a moradores e visitantes. (Viorika/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de setembro de 2022 às 13h55.

Começa hoje (21) e vai até sábado (24) o 1º Festival Caju de Leitores, dedicado à cultura e literatura indígenas do Norte e Nordeste do Brasil. O evento ocorre na vila de Caraíva, distrito de Porto Seguro (BA), e reúne oito autores, de seis etnias, com programação direcionada ao público infantojuvenil.

Na programação estão oficinas, contação de histórias, rodas de conversa, mostra de cinema e outras iniciativas que serão desenvolvidas na Biblioteca de Caraíva, na Oca Tururim da Aldeia Xandó, na Escola Alegria do Saber e na Escola Indígena Pataxó Xandó. As atividades são gratuitas e abertas a moradores e visitantes.

A programação está disponível nas redes sociais do evento. O Festival Caju de Leitores tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale e da Farmácia Indiana, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, via Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.

De acordo com a organização do evento, a população local é, em grande parte, oriunda da miscigenação com a etnia indígena Pataxó e está em processo de resgate e transmissão da sua cultura, por isso a escolha de Caraíva e da literatura indígena para este festival.

O encontro contará com a presença do escritor e músico descendente do povo Wapichana, Christino Wapichana, de Roraima, produtor do Encontro de Escritores e Artistas Indígenas; da poeta e contadora de história macapaense da etnia Tucuju, Lucia Moraes Tucuju, fundadora da Biblioteca Comunitária Pequenalegria; da poeta, escritora, palestrante, curadora e pesquisadora de literatura indígena e doutora em literatura, Julie Dorrico, do povo Mucuxi, de Roraima; da contadora de histórias indígenas, palestrante e oficineira, Auritha Tabajara, do Ceará, primeira mulher indígena a publicar livros em literatura de cordel no Brasil.

A paraense de descendência Aymara e Kayapó, Aline Kayapó, escritora, ativista dos movimentos das mulheres indígenas e dos direitos dos povos indígenas também participa do evento, assim como o doutor em história da educação, Edson Kayapó, pertencente ao povo Mebengokré, do Amapá, e Sairi Pataxó, organizador do festival, escritor, contador de histórias, fotógrafo e liderança indígena e comunitária.

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