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Com segurança reforçada, seleção brasileira chega à Rússia 

Três agentes foram escalados pelo Ministério da Segurança Pública para ficar o tempo todo com a seleção. Outros dois policiais ficarão em Moscou

Chegada a Sochi: cidade, que recebe também a Polônia, tem forte esquema de segurança   (Yevgeny Reutov/Reuters)

Chegada a Sochi: cidade, que recebe também a Polônia, tem forte esquema de segurança (Yevgeny Reutov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2018 às 06h10.

Última atualização em 11 de junho de 2018 às 10h09.

A Copa do Mundo começa nesta semana e, apesar do desânimo dos anfitriões por causa do desempenho da seleção russa, os brasileiros têm motivos para ficar animados. Neste domingo, antes de embarcar para a Rússia, o Brasil venceu a Áustria por 3 a 0, confirmando a melhor campanha de preparação desde a Copa de 1970. A seleção brasileira desembarcou nesta segunda-feira em Sochi, cidade à Beira do Mar Negro que hospedará os brasileiros durante a competição. No domingo, em Rostov, o Brasil estreia contra a Suíça.

Segundo reportagens do Estadão, no final da semana passada, havia poucos sinais de Copa pelas ruas de que a cidade, que foi sede da Olimpíada de Inverno de 2014, e também será o local de preparação de outra cabeça de chave, a Polônia, o que forçou a criação de um grande esquema de segurança. Batalhões de policiais e seguranças circundam os locais relacionados à Copa, como o hotel cinco estrelas Swissotel Kamelia, onde os jogadores brasileiros ficarão hospedados.

Tapumes foram colocados ao redor do estádio municipal para manter a privacidade dos treinos da seleção. Dentro do estádio, foram instalados detectores de metais e aparelhos de raio-x para a verificação, que promete ser rigorosa, de bolsas e mochilas.

Como na Copa de 2014, a Polícia Federal fará a segurança do time de Tite. Três agentes foram escalados pelo Ministério da Segurança Pública para ficar o tempo todo com a seleção. Outros dois policiais ficarão em Moscou, baseados no Centro Internacional de Cooperação Policial montado pela Fifa, onde trabalharão em conjunto com os representantes de outros 34 países.

A escalação dos cinco agentes faz parte de um acordo de cooperação entre os governos do Brasil e da Rússia que começou a ser negociado em dezembro de 2017 e foi assinado no início deste mês. O acerto inclui a troca de informações entre os dois países sobre possíveis ameaças que possam surgir no Mundial, formando um banco de dados de pessoas consideradas suspeitas. A preocupação em relação à segurança do evento cresceu no ano passado depois que o Estado Islâmico divulgou, como parte de uma série de ameaças à Copa, um cartaz ameaçando Neymar e o craque argentino Lionel Messi.

Outra preocupação é com a segurança de pessoas LGBTS — mas, neste caso, parte da ameaça vem do próprio governo russo, que adota uma linha dura contra demonstrações de afeto em locais públicos. O embaixador russo Sergey Akopov afirmou que o governo de seu país vai garantir a segurança de grupos LGBTS que forem à Rússia acompanhar o Mundial. Mas, mesmo assim, o Itamaraty e o Ministério do Esporte fizeram um alerta especial à comunidade LGBT, recomendando evitar beijar ou andar de mãos dadas.

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