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Com cortes, Osesp anuncia temporada enxuta para 2017

Orçamento da Orquestra para o ano que vem deverá ser menor do que o total gasto em 2016

Osesp: grupo manteve a redução no número de programas já aplicada em 2016 (Divulgação)

Osesp: grupo manteve a redução no número de programas já aplicada em 2016 (Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de novembro de 2016 às 09h19.

Última atualização em 11 de novembro de 2016 às 09h27.

São Paulo - A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo lançou nesta quinta, 10, sua temporada 2017. Ainda sem confirmação com relação ao valor do repasse de verbas a ser feito pelo governo, o grupo contempla a possibilidade de novos cortes - desde 2014, já foram cerca de 35% de reduções no valor repassado pelo governo do Estado.

O grupo manteve a redução no número de programas já aplicada em 2016 - serão 32, três deles menores, com cerca de uma hora, dentro do projeto Osesp 60. Não foram anunciados detalhes das séries de música de câmara e do Coro da Osesp.

Questionada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a Fundação Osesp se recusou a revelar o custo da temporada. Em resposta a perguntas enviadas, o diretor da entidade, Marcelo Lopes, afirmou: "Podemos dizer que os custos com a temporada na Sala São Paulo, em valores absolutos, estão mais baixos do que no ano de 2016, tanto devido ao câmbio quanto às negociações com os artistas".

Ele afirmou ainda que o orçamento geral da Fundação Osesp ainda não foi finalizado. "Os valores ainda estão em discussão, mas confiamos que conjuntamente, governo do Estado e Fundação Osesp, através de repasses, captações e reservas, garantirão os recursos necessários às atividades."

A temporada terá como tema Mundo Maior, enfatizando, segundo o diretor artístico Arthur Nestrovski, "a ideia de buscar na música uma janela aberta para um outro mundo, maior e melhor, sobretudo em contraponto ao contexto de crises e conflitos que acontecem atualmente".

Entre os convidados, destaque para a violinista Isabelle Faust, artista em residência, os compositores residentes Usuk Chin e Krisztoff Penderecki e para a homenagem aos 60 anos do violoncelista Antonio Meneses.

Também participam artistas como os pianistas Boris Berezovsky, Jean-Efflam Bavouzet, Cristian Budu e Leonardo Hilsdorf; os maestros Isaac Karabtchevsky, Neil Thomson e Richard Armstrong.

Entre as obras apresentadas, destacam-se, entre outras, o Réquiem de Guerra, de Britten, e o segundo ato do Tristão e Isolda, de Wagner.

Os compositores homenageados serão Claude Debussy, o Padre José Maurício Nunes Garcia, Tchaikovski e Haydn. Segue o ciclo da sinfonias de Mahler, com Marin Alsop.

A encomenda de novas obras foi feita aos compositores André Mehmari, Paulo Zuben, Edino Krieger e Celso Loureiro Chaves.

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