Bar em Nova York: em outros países, Saint Patrick's também foi reduzido (Andrew Kelly/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2020 às 07h28.
Última atualização em 17 de março de 2020 às 07h30.
São Paulo — O festival de quatro dias que celebra São Patrício e culmina com a data de 17 de março (St.Patrick's Day propriamente dito) viu, pela primeira vez, as ruas da Irlanda esvaziadas. O culpado não podia ser outro: o coronavírus. Na Irlanda, 170 casos de contaminação por Covid-19 foram confirmados. Não há mortes até o momento.
Em circunstâncias normais, as ruas de Dublin, Cork e de outras cidades da Irlanda (e de outras cidades do mundo) ficam abarrotadas de pessoas vestindo verde e branco, carregando balões com as cores da bandeira nacional (verde, branco e laranja), carregando folhas de trevos e se divertindo.
A cerveja, claro, não para de ser servida nos pubs (cerveja verde, muitas vezes). Mas, com o a pandemia de coronavírus e o risco que multidões podem trazer, a festa teve de ser silenciosa e discreta.
Leo Varadkar, primeiro-ministro irlandês, anunciou há alguns dias o cancelamento da parada nas ruas irlandesas por medidas de segurança.
Em Dublin, 500 mil estrangeiros chegam à festa anualmente. No total, são cerca de um milhão de pessoas por ano nas ruas da capital celebrando. Número altamente perigoso na luta para desacelerar a taxa de propagação do vírus. Em Cork, a parada de St. Patrick's Day é bem menor que a de Dublin, mas também foi cancelada.
A festa, que se espalha pelo globo, também foi cancelada em Belfast, na Irlanda do Norte. Nos Estados Unidos, cidades com comemorações tradicionais também anunciaram a suspensão, como Chicago, Nova York e Boston (esta com uma das maiores festas de St. Patrick fora da Irlanda).