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Com contrato renovado, Tite encara desafios na seleção até Copa de 2022

É um grande desafio e estamos felizes em enfrentá-lo, já com o foco voltado aos próximos jogos e competições, disse o técnico depois da renovação

Tite conta com a aprovação de 72% dos torcedores (Hannah McKay/Reuters)

Tite conta com a aprovação de 72% dos torcedores (Hannah McKay/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2018 às 10h17.

Rio - O técnico Tite continua no comando da seleção brasileira. A CBF oficializou a renovação de contrato nesta quarta-feira e o treinador já projeta o trabalho para a Copa do Mundo do Catar, em 2022. Com a queda do time nas quartas de final do Mundial da Rússia, ele reinicia o seu trabalho à frente do Brasil precisando recuperar atletas e com a obrigação de abrir espaço à geração de jogadores que está surgindo. Terá de melhorar em relação ao que foi na Copa do Mundo.

"Entendo que a CBF nos deu as condições para construir um ambiente de união e de profissionalismo extremo e assim continuaremos. É um grande desafio e estamos felizes em enfrentá-lo, já com o foco voltado aos próximos jogos e competições", disse, após a renovação.

A nova realidade não é muito diferente daquela encontrada pelo técnico há dois anos, quando assumiu o Brasil em crise. A seleção foi mal. Tite não é mais unanimidade e terá de superar novos desafios se quiser levar a seleção brasileira ao hexa. O Estado lista dez deles:

Trabalhar sem carta branca - Tite assumiu uma seleção em crise em 2016. Bombardeado por denúncias envolvendo a sua gestão, o ex-presidente da CBF Marco Polo del Nero não quis arrumar mais encrenca e acertou com o único técnico que contava com apoio da torcida. Assim, Tite se viu à vontade para impor o seu trabalho. Agora vai ter de batalhar pela concordância do futuro presidente, Rogério Caboclo, a cada projeto.

Sem unanimidade - O trabalho bem feito nas Eliminatórias fez do treinador uma quase unanimidade. Não é mais assim. Enquete do Estado apontou que o técnico conta com a aprovação de 72% dos torcedores. Nesta quarta-feira, muitas pessoas nas redes sociais criticaram a renovação de contrato do técnico, acusando-o de formar "panelinhas".

Ser mais pragmático - Além do conhecimento tático, Tite é elogiado por jogadores pelo estilo protetor. O problema é que isso às vezes inclui manter na equipe atletas que estão deixando a desejar - foi assim na Copa do Mundo. Mudar o time pela necessidade urgente do resultado precisa entrar no radar.

Dar espaço à nova geração - Jovens como Vinícius Júnior (Real Madrid), Lucas Paquetá (Flamengo) e Arthur (Barcelona) deverão ganhar uma chance já na convocação para os amistosos de setembro. Além disso, Tite também terá de garimpar novos laterais, especialmente pelo lado direito.

Recuperar jogadores - O técnico terá de recuperar jogadores que foram mal na Rússia e têm potencial para o Catar. Gabriel Jesus é um deles. Além disso, Philippe Coutinho passa por fase de adaptação no Barcelona e, claro, há a questão de Neymar.

Neymar - Tite terá de repensar o tratamento dado ao atacante. O excesso de proteção a ele não ajudou e nem se justifica. O mais caro atleta da história deixou de figurar na lista dos 10 melhores do mundo. Tite terá papel importante na recuperação.

Líder dentro de campo - Daniel Alves e Thiago Silva foram os mais próximos do que se pode chamar de líder dentro da seleção desde que Tite assumiu. Mas, adepto do rodízio de capitães, o treinador não conseguiu fazer com que um jogador se destacasse nessa função. Dar à equipe um capitão incontestável parece inevitável agora.

Devolver a autoestima - A seleção foi à Rússia como uma das favoritas ao título. Foi assim entre torcedores, foi assim no meio do futebol e foi assim entre a comissão técnica. Mas o futebol aquém do esperado e a queda nas quartas devolveram aquela sensação de que o futebol brasileiro ficou para trás.

Conquistar a Copa América - A competição não tem muito apelo, mas Tite sofrerá grande pressão se não levar o Brasil ao título em 2019. Além de ser disputada no País, a seleção não vence a competição desde 2007.

Encarar os europeus - A Copa do Mundo demonstrou mais uma vez que o futebol europeu está à frente do sul-americano. De nada adiantou o Brasil sobrar nas Eliminatórias se os quatro semifinalistas foram países do Velho Continente. Preparar-se para o Mundial do Catar superando equipes de bom nível da Europa é fundamental.

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