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Rock in Rio fecha primeira noite com Ivete, Guetta e Beyoncé

Beyoncé surpreendeu o público ao dançar o funk "Passinho do Volante" ao final do show


	Beyoncé durante apresentação no Rock in Rio: após quase quatro anos desde sua última visita ao Brasil, a cantora americana matou as saudades do público com seus inúmeros hits
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

Beyoncé durante apresentação no Rock in Rio: após quase quatro anos desde sua última visita ao Brasil, a cantora americana matou as saudades do público com seus inúmeros hits (REUTERS/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2013 às 09h36.

Rio de Janeiro - Após uma agradável tarde de muita música e sol, o público enfim tomou os 150 mil metros quadrados do Parque dos Atletas, e a 13ª edição do Rock in Rio (a quinta em terras cariocas) correspondeu à expectativa dos 85 mil presentes com as três principais atrações da primeira noite: o "furacão" Ivete Sangalo, o "deus balada" David Guetta e a "diva das divas" Beyoncé.

Embora as atrações anunciadas tenham recebido muitas críticas, principalmente em relação aos citados destaques do dia de abertura, dedicado à música brasileira e ao pop internacional, as 595 mil entradas disponíveis estavam esgotadas desde abril e o público presente realizado em ver de perto o que queria, seja micareta, balada ou uma megaprodução internacional.

Se o palco Sunset empolgou os mais alternativos com seus encontros, o palco Mundo - o principal do festival - encheu a casa e contagiou a multidão, mesmo na ousada exibição da Orquestra Sinfônica Brasileira, que, junto ao peso da guitarra e da bateria, tocou Richard Strauss ("Assim Falou Zaratustra"), a quinta sinfonia de Beethoven em Dó Menor e as Bachianas de Villa-Lobos com arranjos de Nelson Ayres.

Alternando entre a regionalidade de Luiz Gonzaga e o peso do Iron Maiden ("Wasted Years"), a Orquestra Sinfônica Brasileira, com todos os instrumentistas em cena, abriu o palco principal e agradou muito em sua exibição, chegando a emocionar em alguns momentos, mesmo sem a pirotecnia dos shows posteriores.

Na sequência, intercalado com as atrações do Sunset, o show da vez no palco Mundo reuniu um expressivo time de artistas nacionais para prestar uma merecida homenagem a Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, que, por sinal, esteve na primeira edição do festival (em 1985) ao lado do Barão Vermelho.


No palco, nomes como Ney Matogrosso, Maria Gadú, Bebel Gilberto, Paulo Miklos e Rogério Flausino (Jota Quest) interpretaram as canções do eterno ídolo no show intitulado "Cazuza - O Poeta Está Vivo", que traz curadoria de Frejat, o comandante do encontro. Apesar da gritante presença do público jovem, os hits do rock dos anos 1980 funcionaram bem.

O inédito palco Eletrônica, que, por atrair um público cada vez maior, deixou de ser arena neste ano, também funcionou como uma alternativa para a minoria que não foi presenciar a "headliner" Beyoncé e o francês David Guetta, o primeiro DJ a se apresentar no palco principal do festival e um dos nomes mais contestados desta edição.

"Vou ser sincera, ele não faz a menor diferença para mim. Veio só para esquentar a pista para a nossa diva, linda e absoluta", declarou a carioca Vanessa Lima, que, mesmo ao lado do marido, não conseguia se conter com a oportunidade de ver a cantora americana. "Sei não, eu sou mais a Ivete", rebateu o "maridão" Aldo Aguiar.

Veterana no Rock in Rio, a baiana Ivete Sangalo, que esteve na última edição e já participou do festival tanto em Madri como em Lisboa (onde se apresentará no ano que vem), subiu ao palco e "micaretou" a noite com seus velhos hits e alguns ousados "covers", como "Love Of My Life", do antológico Queen. Ivete pode não agradar a todos, mas botou a galera para pular com as mesmas "Arerê", "Festa" e "Acelera Aê".

Antes da aguardada exibição da estrela da noite, o palco Mundo ainda recebeu o "deus balada" - como dizia a camiseta de um fã - David Guetta, que, mesmo com os equipamentos ligados, agitou menos que o axé da Ivete. Talvez a ideia de situá-lo fora do Eletrônica não tenha feito sucesso, mesmo diante de todo apelo pop e dos clichês do francês.


Diante de uma plateia (ou pista) inteiramente cheia, entre o sobe e desce de volume típico de Guetta, gritos pediam o início do show de Beyoncé, previsto para começar somente às 0h05 - fora o já imaginado atraso, de apenas 15 minutos. Até então, mesmo diante do cansaço, ninguém ali pensava na volta para casa, nem mesmos os maridões ou paizões.

Dentro da turnê brasileira de "The Mrs. Carter Show", que arrancou muitos elogios em Fortaleza e Belo Horizonte, a senhora Jay-Z (Shawn Corey Carter) subiu ao palco e, para delírio dos fãs presentes, apresentou um grandioso espetáculo de luzes, som, vídeos e, até mesmo, cascata de fogos. Até quem questionou a vinda da diva pop gostou do que viu.

Após quase quatro anos desde sua última visita, a cantora americana, acompanhada da banda Suga Mama e sob as precisas coreografias de Frank Gatson, matou as saudades do público com seus inúmeros hits, caso de "Who Run the World? (Girls)", que abriu o show. Depois, em um repertório de 17 músicas, vieram "End of Time" (do último álbum "4"), "If I Were a Boy", "Get Me Bodied" e "Baby Boy", entre outras não menos conhecidas.

No final da noite, antes de um final apoteótico junto aos fãs com "Halo" e diversas trocas de figurino, Beyoncé apresentou uma sequência de tirar o fôlego, com "Irreplaceable", "Crazy in Love", "Single Ladies", "Grown Woman" e uma "intro" de "I Will Always Love You", em homenagem a Whitney Houston, que morreu no ano passado.

Para quem achou que já tinha visto de tudo na noite, a cantora americana surpreendeu no "bis" e ainda entrou no chamado "Passinho do Volante", com o pegajoso "Ah, Lelek Lek Lek". "Foi o melhor show da minha vida. Se pudesse, iria para São Paulo (dia 15/09) e Brasília (17)", declarou Juliana Oliveira em menção aos outros dois shows da diva no Brasil. "Ela é a diva das divas", finalizou a carioca.

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